PRODUÇÃO DE ENZIMAS POR CULTIVO LÍQUIDO A PARTIR DE UM NOVO MICRORGANISMO

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Aluno de Iniciação Científica: Rafaela de Oliveira Penha (Outro)

Curso: Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia (MT)

Orientador: Michele Rigon Spier

Departamento: Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia

Setor: Setor de Tecnologia

Área de Conhecimento: 90400003


RESUMO

Colaborador: Elisiane Kuss Lourenço, Larissa Staack, Denise Naomi Xavier Salmon As microalgas vêm cada vez mais ganhando importância em estudos e produções industriais biotecnológicas. Pensando nisso, o presente trabalho visa pioneiramente a produção de fitases através de microalgas. O ácido fítico, o qual a fitase atua na hidrólise, possui ação quelante sobre alguns minerais, proteínas e amido, fazendo com que prejudique a absorção destes pelo organismo humano e animal. A adição de fitases faz com que ocorra a hidrólise do ácido fítico e a eliminação de sua ação antinutricional. Assim sendo, o trabalho tem como objetivo produzir fitases por cultivos submersos utilizando microalgas, estudar as etapas de recuperação e separação da enzima produzida e identificar essa enzima através de eletroforese SDS-PAGE quanto ao tamanho molecular. Para se obter o material necessário para as etapas de purificação, buscou-se aumentar a escala de cultivo. Para isso, necessita-se maior quantidade de ácido fítico para a indução da produção da enzima. Assim sendo, o trabalho buscou fontes alternativas de ácido fítico, a fim de tornar o processo mais barato. Como alternativa usou-se o extrato de farelo de trigo (rico em ácido fítico). O ácido fítico presente no farelo foi purificado em coluna cromatográfica contendo resina AG1-X8 (Biorad Laboratories). Foi então quantificada a concentração de ácido fítico eluído da coluna. As frações apresentaram boas concentrações do ácido orgânico, chegando até a 452,4 ?g/ml. Com o ácido fítico já purificado foi possível a indução da produção da enzima pela microalga. O material produzido foi então filtrado em membranas Millipore de 100, 50 e 10 KDa, respectivamente, para a obtenção da fitase parcialmente purificada. Foram realizados estudos colorimétricos em ambos, permeado e retido, pela membrana com a finalidade de descobrir em que faixa de tamanho molecular se encontra a enzima estudada. Os resultados indicaram que a maior atividade de fitase se encontrava no permeado da membrana de 100 KDa, chegando a uma atividade de 15,9 U e recuperação de 100%. Através dos trabalhos já realizados, pode-se afirmar que foi possível a obtenção da fitase parcialmente purificada. A cromatografia de exclusão molecular utilizando a coluna Sephacryl S-100 (GE, Suécia) com auxilio do sistema FPLC (Fast Protein Liquid Chromatography) está sendo realizada para a separação das proteínas presentes na fração ultrafiltrada que apresenta maior concentração de fitase. Também a posterior confirmação dos perfis proteicos será obtida pela separação através de eletroforese SDS-PAGE.

Palavras-chave: Purificação, Fitase, Microalga