ANÁLISE DO PROJETO ITCP COM A NOVA PROPOSTA DE ATER: A ABERTURA DE DIÁLOGOS COM DIFERENTES ÁREAS DE CONHECIMENTO.

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Aluno de Iniciação Científica: Franciane Preza Martins (PIBIC/CNPq)

Curso: Tecnologia em Comunicação Institucional (T)

Orientador: Luiz Panhoca

Departamento: Contabilidade

Setor: Setor de Ciências Sociais Aplicadas

Área de Conhecimento: 90100000


RESUMO

No Brasil, o neoliberalismo implantado no final do século XX deixou como suas principais consequências o alto índice de desemprego e baixa escolaridade da população. Abriu-se a possibilidade de discussões de um maior envolvimento das universidades, com intuito de promover ações para a inclusão social e econômica das pessoas em condições de risco. Este cenário influenciou de maneira direta para a criação das ITCP's, que iniciou em 1995 com a UFRJ. Foi desta maneira que as incubadoras, como programa de extensão deram inicio a uma nova era no compromisso da universidade com a sociedade e com os movimentos sociais. A UFPR constituiu a ITCP em 1998 como um programa de extensão universitária, com a missão de contribuir para o bem estar social, por meio da economia solidária e do desenvolvimento local e em determinado momento a reflexão da equipe desta ITCP, orienta suas atenções para a população rural. A origem da Assistência Técnica e Extensão Rural Ater foi em 1948, desenvolvendo-se como sistema nacional articulado. Os anos 80 caracterizaram o processo de abertura política no Brasil e a Ater esteve presente como uma das primeiras no mundo a articular extensão com crédito agrícola e gerando metodologias próprias de comunicação. Impulsionou o processo de reflexão em relação ao modelo de extensão, mas com a extinção da EMBRATER (Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural), em 1990, ocorreram crises de instabilidade nesta área. Em 2003 no governo Lula buscou-se construir estratégias de mudanças compatíveis com processo de transição que o país iniciava, sendo uma das ações adotadas, implantar uma Nova Ater. Construída em um novo paradigma, multidisciplinar, levantando uma abordagem sistêmica, mediante a utilização de métodos participativos, incluindo neste processo, também, o maior envolvimento do trabalho extensionista, buscando desenvolvimento de novas forças produtivas, respeitando a natureza e promovendo valores como a igualdade e a autogestão.Nessa conjunção de esforços a ITCP/UFPR tem como principal experiência o trabalho em conjunto com a APROTUNAS (agricultores associados, em Tunas do Paraná). Construiu um novo modelo de gestão, rompendo as estruturas hierarquizadas e centralizadas, promovendo diálogos, com processos participativos, para o desenvolvimento regional. Esta ação está alinhada com as propostas da Nova Ater, uma nova política de extensão rural, que substitui um modelo de comunicação vertical, para um modelo dialético e dialógico do conhecimento científico com o popular.

Palavras-chave: Trabalho, ITCP, ATER