RESUMO

A percepção de risco se propõe a estudar como as pessoas (os leigos) entendem e pensam sobre os riscos a que estão submetidos. No transito, este estudo é de grande importância, pois nele muitas decisões são tomadas, muitas delas simultaneamente e muitas delas em um curto espaço de tempo. Soma-se a isso a grande facilidade na obtenção de um carro, o que aumenta a frota nas ruas, aumentando a probabilidade de um acidente. Uma percepção equivocada dos riscos pode causar um comportamento também equivocado, resultando em terríveis e graves acidentes no Brasil principalmente quando os motoristas são jovens ou adultos jovens. Neste sentido, o presente trabalho, realizado pelo Núcleo de Psicologia do Trânsito-NPTse dispõe a investigar como os jovens percebem os riscos no trânsito e como eles se comportam no trânsito. Através deste trabalho, poderemos compreender melhor o comportamento das pessoas no transito, bem como contribuir nas análises de percepção de risco sobre essa tematica. Para isso, foi feito um questionário que abrange tanto dados do trânsito (como a quanto tempo a pessoa dirige); fatores genéricos da percepção de risco; como os fatores específicos, que são o grande objeto de análise: Exceder a velocidade, avançar o sinal vermelho, falar ao celular enquanto dirige, beber e dirigir e a hierarquização destes comportamentos. Os dados revelam que os comportamentos como exceder a velocidade e avançar o sinal vermelho são os que os jovens mais desrespeitam, enumerando esses comportamentos como os menos arriscados, enquanto comportamentos como beber e dirigir é o mais arriscado. Os estudos sobre Percepção de Risco indicam que a ilusão de controle faz com que eles percebam os comportamentos de exceder a velocidade e avançar o sinal vermelho como menos arriscados. Isso nos mostra um cuidado que a sociedade tem que ter não só com a questão do beber e dirigir, mas também com outros fatores que podem ser também a causa de muitos acidentes.

Palavras-chave: Percepção de Risco, Jovens e Trânsito, Transito e Risco