PERCEPÇÃO DE RISCO, JOVENS E COMPORTAMENTO NO TRÂNSITO

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Aluno de Iniciação Científica: Jackeline Zanardine Corrêa (PIBIC/CNPq)

Curso: Psicologia (MT)

Orientador: Iara Picchioni Thielen

Departamento: Psicologia

Setor: Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes

Área de Conhecimento: 70700001


RESUMO

O estudo da percepção de risco e comportamento de jovens motoristas no trânsito tem sido estudado devido ao fato do alto número de mortes no trânsito ter se tornado uma questão de saúde pública, sem contar no aumento da frota de veículos no Brasil e dos inúmeros acidentes que ocorrem diariamente no trânsito das grandes cidades. O objetivo desse estudo é analisar como a percepção de risco de motoristas jovens se dá frente a questões tangentes a seu cotidiano. A partir desse estudo, a percepção de risco pode auxiliar na promoção de políticas educacionais que discutirão mais precisamente esse tema. Para realização desse estudo, foi feita uma investigação em forma de questionário com motoristas jovens entre 18 e 25 anos. Foi solicitado aos jovens motoristas tanto do sexo feminino como do sexo masculino que respondessem um questionário misto que contém 51 questões, sendo 4 de caráter sócio-demográfico, 7 questões informativas sobre trânsito e 40 questões investigativas sobre a percepção dos participantes em relação a quatro comportamentos de risco: exceder a velocidade, avançar o sinal vermelho, falar ao celular enquanto dirige e beber e dirigir. Esse questionário foi desenvolvido a partir de pesquisas de graduação e pós-graduação realizadas no Núcleo de Psicologia do Trânsito (NPT) da UFPR. Os dados coletados revelam que o comportamento de exceder a velocidade é o mais desrespeitado pelos jovens e o comportamento de beber e dirigir é considerado como o mais arriscado. A noção de controle do carro, mesmo excedendo a velocidade permitida, que muitos jovens acreditam ter e a relacionam para classificar um bom motorista, reflete a falta de percepção de risco que trafegar além da velocidade permitida oferece. Entretanto, o fato do comportamento de beber e dirigir ser considerado o mais arriscado faz referência a todas as campanhas e leis que surgiram para punir os motoristas que insistem em dirigir sobre o efeito de álcool. Muitos motoristas acreditam que o que fará diferença em sua percepção de risco é a quantidade de álcool ingerida, por isso, nessa classe de comportamento, também é possível verificar que alguns motoristas se dizem capazes de superar esses riscos, pois conhecem seu limite e não abusam do álcool.

Palavras-chave: Percepção de Risco, Comportamento no Trânsito, Jovens