REGISTROS DOCUMENTAIS DO SÉCULO XVIII E XIX: DOCUMENTOS E MÉTODOS PARA DIZER DA VIDA E DA MORTE EM TEMPOS PASSADOS E LUGARES DISTANTES.

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Aluno de Iniciação Científica: Alysson de Avila Costa (PIBIC/UFPR-TN)

Curso: História (T)

Orientador: Martha Daisson Hameister

Departamento: História

Setor: Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes

Área de Conhecimento: 70500002


RESUMO

O objetivo desse trabalho é analisar as práticas nominativas da freguesia de Nossa Senhora do Rosário do Rio Pardo, no atual território do Rio Grande do Sul, entre os anos de 1755 e 1765, considerando a heterogeneidade da população da freguesia nesse período: indígenas oriundos das reduções jesuíticas do Sete Povos das Missões, portugueses, espanhóis, pretos africanos, cativos pretos crioulos, escravos, livres e libertos. Tal análise se dá por meio dos registros paroquiais da freguesia (1º e 2º livros de batismo de Rio Pardo), a partir dos quais elaborou-se uma tabela para o levantamento de informações relativas aos batizandos (nome, sexo e legitimidade), seus pais e padrinhos (nomes, naturalidades, condições socio-jurídicas, títulos, cargos e patentes). Do primeiro livro foram levantados 262 registros batismais, sendo 115 batizandos do sexo masculino e 148 do sexo feminino, dados que somaram a quantidade de 363 registros previamente levantados do Segundo livro. A tabela permitiu análises quantitativas e qualitativas, permitindo perceber especificidades quanto as escolhas dos nomes no ato do batismo entre os diferentes segmentos sociais: no primeiro livro de batismos os nomes masculinos mais escolhidos foram José, Antônio, Manoel, João e Joaquim e os femininos foram Maria, Ana, Francisca, Joana e Tereza; no segundo livro de batismos, reservado aos assentos de indígenas, exclusivamente, os nomes mais escolhidos foram Miguel, Inácio, Antônio, Francisco e João; e Maria, Ana, Inácia, Antônia e Madalena. Os resultados da pesquisa fortaleceram a hipótese de especificidades nas práticas nominativas da freguesia, pelo menos entre indígenas e o restante da população de modo geral. As análises ainda trazem outras comparações entre as práticas nominativas dos demais segmentos sociais (açorianos, negros, pardos, etc.).

Palavras-chave: Registros Paroquiais, Populações Indígenas, Onomástica