BIM, ILUMINAÇÃO NATURAL E GEOMETRIA SOLAR: VALIDAÇÃO DA FERRAMENTA REVIT ARCHITECTURE.

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Aluno de Iniciação Científica: Júlia Fernanda Maia de Paiva (Outro)

Curso: Arquitetura e Urbanismo (MT)

Orientador: Helena Fernanda Graf

Co-Orientador: Sergio Scheer

Departamento: Construção Civil

Setor: Setor de Tecnologia

Área de Conhecimento: 60403004


RESUMO

O conhecimento da geometria solar é essencial para projetar, conforme o interesse do projetista e a necessidade do local de inserção da edificação, protegendo-a da incidência solar direta ou aproveitando-a quando necessária. A radiação solar é responsável pelos ganhos térmicos de uma edificação e tem relevante influência no desempenho térmico dos ambientes construídos e, consequentemente, no conforto térmico dos usuários. Os estudos solares nos projetos de arquitetura são feitos em simuladores da trajetória solar (heliodon ou solardom), que demandam a confecção de maquetes física, a quais precisam de espaço e tempo para serem feitas. Porém, desde a década de 2000, ferramentas com tecnologia BIM – Building Information Modeling vêm sendo cada vez mais utilizadas e contam com informações e mecanismos para estudos solares. Ambas as simulações podem ser pertinentes, a depender do enfoque do estudo, porém, a maquete virtual permite a realização de mais estudos e variações de projetos em menor tempo e com menos recursos materiais. Dessa forma e a partir de estudo anterior que comprova que a ferramenta Revit Architecture 2012 tem a mesma eficácia que os métodos usualmente utilizados (para um determinado período estudado), essa pesquisa complementa a validação da ferramenta para o período do inverno, com enfoque nos dias que antecedem e sucedem o solstício de inverno, ou seja, o período do ano de sombras mais longas e que poderiam apresentar maiores discrepâncias em relação ao objeto real. Em trabalho anterior, foram obtidos resultados parciais, através da comparação entre fotografias da edificação real e imagens retiradas do Revit. Na pesquisa atual, além da comparação entre imagens e fotografias, o comprimento das sombras é levantado in loco para permitir a comparação dimensional e é feito o registro das condições do céu, quanto à porção visível e porção obstruída, com o apoio de uma lente curvada. A condição do céu é reproduzida na ferramenta para observação e comparação com o registrado in loco quanto à densidade das sombras produzidas e características qualitativas de representação do céu. Ainda, é feita a análise da maquete física do mesmo edifício, CESEC – Centro de Estudos em Engenharia Civil, localizado no Campus Politécnico da Universidade Federal do Paraná, em um simulador da trajetória solar cujas características atendam às necessidades de precisão da pesquisa e que permita a comparação entre o modelo virtual, o físico (maquete) e o edifício real para complementar a validação da ferramenta para estudos solares.

Palavras-chave: Building Information Modeling, Estudo de Sombras, Porção Visível do Céu