BOLSAS DE ESTUDO: PROLONGAMENTO AO NÃO TRABALHO?

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Aluno de Iniciação Científica: Juliane Stefanoni Costa (PET)

Curso: Gestão Ambiental (Setor Litoral) (MT)

Orientador: Mayra Taiza Sulzbach

Departamento: Economia

Setor: Setor Litoral

Área de Conhecimento: 60000007


RESUMO

As mudanças no mundo do trabalho promovem mudanças na configuração do nível educacional, diante disso as gestões pós ditadura no Brasil, começam a buscar o desenvolvimento, adotando então políticas públicas que atendam as novas diretrizes do mercado de trabalho. Com isso na década de 90, durante um processo de privatização dos setores, ocorre também a tentativa de privatizar o ensino superior e porém as consequências desta, é a não democratização do ensino. Anos mais tarde em meados dos anos 2000 outras medidas foram tomadas, a fim de diminuir as desigualdades sociais na educação, aumento do ingresso nas academias e também da expansão universitária através de criação de novos espaços. Assim sendo tomadas três medidas que hoje se destacam, são estas 1: Programas de incentivo financeiro para o ingresso da vida acadêmica; 2: Programas da expansão universitária, criando novos campi levando o ensino superior em diferentes lugares do território brasileiro; 3: Bolsas de auxílio financeiro a fim de garantir a permanência do estudante e de pós graduação. Com o objetivo de analisar os reflexos destas providências no estado do Paraná, são realizados levantamentos bibliográficos, pesquisas por sítios de transparência pública e dados estatístico disponíveis no Ministério da Educação, buscando saber os valores destes financiamentos e o quanto estes corroboram para a prolongação estudantil.Já se pode ver resultados a respeito do ProUni (Programa Universidade para Todos), que se destacam como incentivo financeiro, na tentativa de reduzir os impactos da privatização, aumentando acessibilidade, pois colabora parcial ou integralmente para que o estudante de entrada no ensino superior de capital privado. Foi criado em 2005, pela Lei nº 11.096/2005 estabeleceram-se parceria com as instituições, estas tendo descontos tributários ao colaborarem com o programa. O ProUni vem sendo exitoso, podendo ser provado pelo número de pessoas que entram na universidade, com um aumento de 32% em sete anos (2005-2012), (MEC 2013). Também foi visível o acréscimo do ingresso de estudantes de pós graduação, pois em 1995 as bolsas ofertadas eram de aproximadamente 13.500 e hoje estão na casa das 70.000, (Simec 2013). Os dois resultados sugerem que os incentivos financeiros governamentais acabam mantendo o estudante por um período de tempo mais longo dentro da universidade ao invés de se inserirem no mercado de trabalho.

Palavras-chave: Ensino Superior, Trabalho, Prolongamento Estudantil