QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE OSTRAS COMERCIALIZADAS EM CURITIBA E LITORAL DO PARANÁ

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Aluno de Iniciação Científica: Daniel Henrique Carvalho dos Santos (IC-Voluntária)

Curso: Medicina Veterinária - Curitiba (MT)

Orientador: Antonio Ostrensky Neto

Co-Orientador: Maike Taís Maziero Montanhini

Colaborador: Thayzi de Oliveira Zeni, Gisela Castilho

Departamento: Medicina Veterinária

Setor: Setor de Ciências Agrárias

Área de Conhecimento: 50701037


RESUMO

As ostras se alimentam da matéria orgânica presente no fitoplâncton pelo processo de filtração da água, podendo concentrar em seu trato intestinal micro-organismos patogênicos ou microalgas nocivas presentes na água. Caso o processamento e preparo das ostras não seja eficiente na remoção (depuração) ou destruição (cozimento) destes micro-organismos ou toxinas, o consumo de ostras pode representar um perigo à saúde pública. Este trabalho teve como objetivo avaliar a contaminação das ostras por coliformes termotolerantes, Escherichia coli, estafilococos coagulase positiva e presença de Salmonella sp em ostras comercializadas em Curitiba e litoral do Paraná. Foram avaliadas oito amostras (compostas por 12 ostras cada, totalizando 96 ostras) obtidas em peixarias de Curitiba, em pontos de comercialização informal (vendedores nas rodovias) e mercados de peixe no litoral do Paraná, entre abril e junho de 2013. As análises microbiológicas foram realizadas no Laboratório de Histologia e Microbiologia, do Grupo Integrado de Aquicultura e Estudos Ambientais, da Universidade Federal do Paraná. Após a limpeza externa em água corrente foi realizada a abertura das conchas, com auxílio de facas esterilizadas, e a coleta do material interno, composto por líquido intervalvar e carne. Todas as amostras avaliadas estavam de acordo com os padrões previstos pela RDC 12 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que prevê limites para estafilococos coagulase positiva e Salmonella sp. Nenhuma das amostras estava contaminada com Salmonella sp e E. coli, no entanto, 75% estavam contaminadas com coliformes totais. A legislação brasileira não prevê padrões para coliformes em ostras in natura e congeladas. O armazenamento inadequado das ostras durante o período entre a coleta e a venda pode contribuir para elevar as contagens de micro-organismos deteriorantes e patogênicos. Em função destes aspectos, é necessário o monitoramento da qualidade de ostras cruas, desde a sua produção até a mesa do consumidor, incluindo a implementação de programas para uma boa produção, transporte, manipulação e armazenamento do produto.

Palavras-chave: Pescado, Ostreicultura, Contaminação