EXIGÊNCIA DE PROTEÍNA DIGESTÍVEL PARA ALEVINOS DE JUNDIÁ EM BAIXA TEMPERATURA

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Aluno de Iniciação Científica: Gilberto Guimarães Saleh (Bolsista permanência)

Curso: Tecnologia em Aqüicultura - Palotina (N)

Orientador: Fabio Meurer

Co-Orientador: Gilson Bueno Junior

Colaborador: Aldo Tovo Neto, Lilian Carolina Rosa da Silva,

Departamento: Campus Palotina

Setor: Campus PalotinaLilian Dena dos Santos

Área de Conhecimento: 50603000


RESUMO

O jundiá (Rhamdia quelen) é um peixe de hábito alimentar onívoro, encontrado desde o sul do México até a Argentina, que possui importância nas pisciculturas do sul do Brasil devido ao bom crescimento durante o inverno. Apresenta fácil manejo, rápido crescimento, rusticidade, e excelente aceitação no mercado consumidor, pois possui carne saborosa e sem espinhos intramusculares. O farelo de soja possui bom perfil aminoacídico, baixo valor de mercado quando comparado ao de fontes proteicas de origem animal, boa palatabilidade para peixes, quando comparado a outros ingredientes de origem vegetal. O objetivo deste estudo foi verificar a exigência de proteína digestível de alevinos de jundiá alimentados com rações a base de farelo de soja e milho durante período com baixas temperaturas. O trabalho foi realizado no Laboratório de Nutrição de Organismos Aquáticos da Universidade Federal do Paraná (LANOAQ), Setor Palotina, durante o período de 100 dias (julho a outubro de 2012). Foram utilizados 160 alevinos de jundiá (1,5 ± 0,28g) distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado, com cinco tratamentos e quatro repetições. A unidade experimental consistia em uma caixa e 1000L acoplada em sistema de recirculação com biofiltragem, com 8 alevinos a cada unidade experimental. Os tratamentos foram constituídos por rações fabricadas a base de milho e soja, contendo níveis crescentes de proteína digestível (PD) (21, 25, 29, 33, 37%) e isoenergéticas (3000 kcal de energia digestível/kg). Os alimentos foram moídos (peneira 0,5mm) e misturados conforme formulações e peletizados. Os peixes foram alimentados três vezes ao dia (7h00, 12h00, 18h00) ad libitum. Os valores médios de oxigênio dissolvido, pH e temperatura foram 7,1 ± 0,76mg/L; 7,6 ± 0,26; 20,9 ± 0,42 °C, respectivamente. O peso médio final dos alevinos de jundiá aumentou linearmente (P0,05). Os jundiás apresentam melhor peso médio final quando alimentados com ração à base de milho e soja no nível de proteína digestível de 37%.

Palavras-chave: Alimento Proteico, Especie Nativa, Proteína Vegetal