RESUMO

Em peixes a fecundidade tende a aumentar juntamente com o tamanho do indivíduo, até certo limite onde ela passa a decair. Reconhecer os tamanhos com maior potencial reprodutivo é útil à gestão da pesca, conforme recomenda a Instrução Normativa Ministério da Pesca e Aquicultura / Ministério do Meio Ambiente 09/2012. O presente trabalho avalia a variação de fecundidade em diferentes comprimentos de peixes ósseos do litoral Paraná Santa Catarina. Objetiva-se reconhecer o tamanho em que a fecundidade máxima é alcançada, segundo cada espécie, de forma a restringir-se a captura dos melhores reprodutores. Para esse estudo, exemplares de várias famílias de teleósteos vêm sendo adquiridos junto aos pescadores profissionais da região Barra Sul-Guaratuba desde dezembro de 2012. Em laboratório os exemplares foram identificados quanto à espécie, medidos e classificados quanto ao sexo e estágio de maturação. Das fêmeas maduras foram retirados os ovários, que foram fixados em formol 10%. Para a contagem dos ovócitos, os dois ovários foram pesados separadamente e, de cada um, foi retirada uma amostra que também foi pesada e, em seguida, armazenada em frasco contendo formol 10% adicionado de água. Os frascos com as gônadas foram agitados e, quando necessário, os ovócitos foram dissociados mecanicamente com auxílio de pinça. A observação foi feita sob microscópio estereoscópico, e apenas os ovócitos opacos, vitelogênicos, foram contados. O número de ovócitos contados na amostra foi extrapolado, por regra e três, para estimar o número total de ovócitos em cada gônada. A partir da soma desses dois números foi obtido o valor da fecundidade. De modo geral, foi observado um aumento na fecundidade dos peixes a medida que o comprimento dos mesmos ficou maior. O trabalho está em andamento, incluirá análises histológicas, e tem previsão de conclusão em 2014. Portanto os resultados agora apresentados são parciais e podem apresentar mudanças até a conclusão do projeto. Apoio: CNPq.

Palavras-chave: Reprodução, Pesca, Litoral