PREVALÊNCIA DE SALMONELLA EM CARCAÇAS DE FRANGO NA REGIÃO OESTE DO ESTADO DO PARANÁ E PERFIL DE RESISTÊNCIA A ANTIMICROBIANOS

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Aluno de Iniciação Científica: Juliana Teixeira Druziani (PIBIC/Fundação Araucária)

Curso: Medicina Veterinária - Palotina (MT)

Orientador: Luciano dos Santos Bersot

Co-Orientador: Vinicius Cunha Barcellos

Departamento: Campus Palotina

Setor: Campus Palotina

Área de Conhecimento: 50505009


RESUMO

Salmonella sp. é um dos principais micro-organismos responsáveis pela ocorrência de surtos de doenças transmitidas por alimentos em todo o mundo, inclusive no Brasil, com maior implicação sobre os produtos avícolas. Nesse sentido, os objetivos do presente estudo foram determinar a prevalência de Salmonella sp. em carcaças de frango resfriadas e congeladas comercializadas na região Oeste do Estado do Paraná, verificar a conformidade microbiológica dos padrões de comercialização determinados pela ANVISA, e testar o perfil de resistência à antimicrobianos das estirpes de Salmonella sp isoladas. Foram coletadas aleatoriamente 40 amostras de carcaças de frango (20 congeladas e 20 resfriadas) em vários pontos de venda nos municípios de Palotina, Assis Chateaubriand e Cascavel, PR. As amostras foram acondicionadas em recipiente isotérmico com gelo e transportadas até o Laboratório de Controle Microbiológico de Água e Alimentos,(LACOMA), Curso de Medicina Veterinária,, UFPR, Setor Palotina, onde foram submetidas à pesquisa de Salmonella sp. pela metodologia do MAPA, e contagem de enterobactérias pelo método Petrifilm™ EB (3M). A partir das amostras positivas, culturas de Salmonella sp. foram selecionadas e submetidas a testes de disco-difusão para determinação do perfil de resistência a seis classes de antimicrobianos: fenóis, aminoglicosídeos, quinolonas, cefalosporina, sulfa+trimetoprim, tetraciclina. Das 40 carcaças de frango analisadas, 14 (35%) apresentaram contaminação por Salmonella sp., sendo que destas, 12 (60%) foram de amostras de carcaças congeladas e duas (10%) de carcaças resfriadas. Contudo, considerando o parâmetro microbiológico da ANVISA, todas as amostras de carcaças congeladas apresentaram conformidade microbiológica, contra somente 25% das amostras resfriadas, independentemente do resultado para a pesquisa de Salmonella sp, que não é exigido pela ANVISA. Com relação ao perfil de resistência aos antimicrobianos, todas as 32 culturas de Salmonella sp. estudadas apresentaram algum tipo de resistência, sendo que 34,4% apresentaram resistência à 3 classes, 50% à 4 classes, e 15,6% à 5 classes. Com base nos resultados conclui-se que é elevada a contaminação de carcaças de frango por Salmonella sp., bem como a múltipla resistência a antimicrobianos. Indicadores de higiene não permitiram apontar a presença do patógeno e, consequentemente, a condição sanitária do alimento em questão.

Palavras-chave: Frango, Contaminação, Salmonella