ESTUDOS REPRODUTIVOS EM MACHOS DE RÃ-TOURO AMERICANA (LITHOBATES CATESBEIANUS), POR MEIO DA INDUÇÃO HORMONAL.

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Aluno de Iniciação Científica: Tarcísio Leandro Schneider (IC-Voluntária)

Curso: Tecnologia em Aqüicultura - Palotina (N)

Orientador: Carlos Eduardo Zacarkim

Co-Orientador: Andre Muniz Afonso

Colaborador: Pedro Henrique Nicolau Pinto, Thais Amanda Musolon

Departamento: Campus Palotina

Setor: Campus Palotina

Área de Conhecimento: 50504029


RESUMO

A reprodução da rã-touro (Lithobates catesbeianus) em regiões de clima temperado ocorre apenas na primavera e verão, sendo necessária a utilização de controle e indução nos meses de outono e inverno para que não ocorra interrupção no ciclo produtivo. Pretendeu-se avaliar a resposta de machos de rã-touro à aplicação de hormônios sintéticos indutores de espermiação e estipular o melhor protocolo para a técnica desenvolvida. O trabalho foi realizado nos Laboratórios de Ranicultura e Reprodução do Setor Palotina da UFPR. Foram utilizados 40 machos pesando 438,96±169,48g, acondicionados em baias alagadas na proporção de 10 UA/ m². O manejo de rotina do setor incluía a renovação total da água, em baixa concentração de cloro e de pH próximo ao neutro, duas vezes ao dia; e a alimentação na proporção de 3% do peso vivo/dia, por meio de ração comercial extrusada para peixes carnívoros com 38% de PB. Uma vez aptos ao acasalamento, os machos eram submetidos a um jejum alimentar por 48h, pesados numa balança eletrônica de precisão (0,01g) e, com o auxílio de uma seringa insulínica, foi aplicado, no período da manhã, o hormônio indutor de espermiação em cada macho, intraperitoanialmente, na região abdominal conhecida como quadrante esquerdo superior. Foram administrados três tratamentos distintos: T1) 0,01mL de GnRHa, que continha 0,001mg de acetato de gonadorrelina (REL); T2) 0,1mL de GnRHa, que continha 0,01mg de REL; T3) 0,1mL de GnRHa, que continha 0,0025mg de REL; e T4) 0,1mL de soro fisiológico (testemunha). Para cada tratamento foram realizadas 10 repetições, compostas por indivíduos distintos, nunca antes utilizados em manejo reprodutivo. Após a aplicação, coletava-se o sêmen pela introdução de uma pipeta de 1mL na cloaca dos animais, sendo em seguida armazenado em provetas para cálculo do volume espermático. Coletava-se também uma gota do material para avaliação direta em microscópio óptico no aumento de 100x, de modo a avaliar a motilidade progressiva e o vigor, aqui denominados de motilidade. A concentração espermática foi obtida pela contagem padrão em câmara de neubauer. O valor encontrado para concentração espermática para os hormônios T2 e T3 apresentou diferença significativa, onde a média da concentração doT2 foi de 7,02 (106 SPTZ/mL) e do T3 foi de 182,286 (106 SPTZ/mL). O volume espermático não diferiu significativamente (p>0,05) entre os tratamentos 2 e 3, que apresentaram, respectivamente, 0,32mL e 0,31mL de média. Os tratamentos 1 e 4 não apresentaram espermatozóides viáveis, já o 2 e 3 foram considerados como satisfatórios para o procedimento.

Palavras-chave: Reprodução Artificial, Hormonioterapia, Ranicultura