RESUMO

A eletroforese é uma ferramenta utilizada em Medicina Veterinária e empregada na caracterização e identificação de proteínas. Neste projeto, visamos obter maiores informações referentes ao sêmen do gato-maracajá (Leopardus wiedii Schinz, 1821) por intermédio de avaliações do plasma seminal. A identificação e classificação das proteínas do plasma seminal do gato-maracajá, por sua vez, indicarão ou não, a possível utilização do método da eletroforese PAGEDisco 12% em gel de Poliacrilamida, como importante ferramenta de escolha de animais doadores de sêmen para a congelação e posterior utilização deste sêmen em programas de reprodução da espécie em cativeiro. Foram utilizadas nove amostras provenientes de seis animais pertencentes ao Criadouro de Animais Silvestres da Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu – PR. Foi utilizado um protocolo anestésico integrado por midazolam, meperidina e cetamina. As doses médias foram 1,0 mg/kg para midazolam, 4,0 mg/kg de meperidina e 15,0 mg/kg para cetamina, aplicadas por via intramuscular. Até o momento foram obtidos os resultados da quantificação de proteínas, e estes demonstram a baixa concentração proteica, quantidade esta necessária para a realização da eletroforese. Também foi constatada através da eletroforese a presença de várias bandas proteicas no plasma. Existe a possibilidade de estas bandas terem alguma relação com a congelabilidade do sêmen na espécie. Posteriormente será possível identificar e catalogar as proteínas de plasma seminal. TREIN, C.R (2011), cita em seu experimento com a eletroforese de plasma seminal equino, evidências que demonstram a existência de diferenças no perfil proteico de reprodutores de alta e baixa congelabilidade do sêmen, sugerindo que as proteínas CRISP-3 e a HSP-2 como possíveis marcadores da alta congelabilidade do sêmen em garanhões.

Palavras-chave: Eletroforese, Plasma Seminal, Gato-Maracajá