AVALIAÇÃO MACROSCÓPICA DO EFEITO CICATRIZANTE DA PITANGA NEGRA SELVAGEM (EUGENIA SULCATA) NO TRATAMENTO DE FERIDA POR SEGUNDA INTENÇÃO EM RATOS WISTAR

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Aluno de Iniciação Científica: Daiana Harmatiuk (Outro)

Curso: Medicina Veterinária - Palotina (MT)

Orientador: Erica Cristina Bueno do Prado Guirro

Co-Orientador: Bettina Monika Ruppelt

Colaborador: Bárbara Gomes Lima,

Departamento: Campus Palotina

Setor: Campus PalotinaJeane Andréia Pedrosa Nogueira, Rafael Messias Luiz

Área de Conhecimento: 50503006


RESUMO

A cicatrização é um processo dinâmico que envolve fenômenos bioquímicos e fisiológicos que atuam de forma harmoniosa a fim de garantir a restauração tissular. Atualmente, nota-se forte tendência para o uso de fitoterápicos de ação cicatrizante devido às suas vantagens econômicas e reduzidos efeitos colaterais, como é o caso da babosa (Aloe vera). A pitanga negra selvagem (Eugenia sulcata) é um arbusto encontrado nas planícies litorâneas do Rio de Janeiro a Santa Catarina e, também, na grande bacia do Rio Paraná. Embora seja popularmente considerada cicatrizante, na literatura não há estudos sobre esse potencial. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da Eugenia sulcata na cicatrização por segunda intenção em ratos Wistar. Para tanto, 35 ratos de 90 a 120 dias de vida foram anestesiados e realizou-se uma ferida cutânea circular com punch metálico de 8mm. O curativo foi realizado duas vezes ao dia, iniciando-se com limpeza com NaCl 0,9% seguido da aplicação tópica de: G1 (n=7 NaCl 0,9%; G2 (n=7): creme lannete; G3 (n=7): Eugenia sulcata a 2% em creme lanette; G4 (n=7): pomada comercial à base de fibrinolisina, desoxirribonuclease e cloranfenicol; G5 (n=7): Aloe vera in natura. No 2°, 4°, 7°, 10° e 14° de pós-cirúrgico, um animal de cada grupo foi submetido à eutanásia e, ato contínuo avaliou-se a presença de edema, crosta e infecção; o tempo necessário para a resolução da ferida; e a área da ferida, utilizando-se o software Quant – versão 1.0.1, sendo esta variável analisada por ANOVA de uma via seguido do teste de Tukey (p<0,05). Não houve edema ou infecção em nenhum grupo; não se observou crosta em G1 e G4, mas esta alteração foi observada até o 7° dia em G3 e G5 e até o 10° dia em G2. O tempo necessário à cicatrização foi de 10 dias em G2 e G4 e de 14 dias em G1, G3 e G5. A área da ferida em cm2 nos grupos G1 a G5 foi de, respectivamente: Dia 0: 0,6761; 0,6761; 0,6761; 0,6761; 0,6761; Dia 2: 1,2181; 0,5460; 0,8233; 0,7500; 0,6300; Dia 4: 0,4439; 0,4452; 0,4590; 0,4490; 0,4841;Dia 7: 0,1488; 0,1336; 0,1927; 0,1046; 0,2135; Dia 10: 0,0206; 0,0000; 0,1691; 0,0000; 0,0250; D14: 0,0000; 0,0000; 0,0000; 0,0000; 0,0000. Estatisticamente, houve diferença até o quarto dia, quando a Eugenia sulcata foi mais efetiva que NaCl 0,9% e menos efetiva que a pomada comercial. Não houve diferença na ação epitelizante entre a Eugenia sulcata e a Aloe vera. Conclui-se que a Eugenia sulcata é efetiva na cicatrização cutânea por segunda intenção.

Palavras-chave: Cicatrização, Eugenia sulcata, Ferida