EXTRAÇÃO ARTEMISININA DE ARTEMISIA ANNUA CONTRA PARASITOS DOS ANIMAIS

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Aluno de Iniciação Científica: Gabriela letícia Delai Vigne (PIBIC/CNPq)

Curso: Medicina Veterinária - Curitiba (MT)

Orientador: Marcelo Beltrão Molento

Colaborador: Lew Kan Sprenger, Ursula Yaeko Yoshitani

Departamento: Medicina Veterinária

Setor: Setor de Ciências Agrárias

Área de Conhecimento: 50502042


RESUMO

A criação animal impulsiona a economia brasileira. Além da bovinocultura, temos a avicultura, a suinocultura e a caprinocultura. Atualmente, a carne de aves é o segundo tipo mais consumido, sendo o Brasil o terceiro maior produtor mundial e o primeiro em termos de exportação. Independente de qual tipo de criação, as parasitoses gastrintestinais e as coccidioses são as principais causas de prejuízos sanitários e econômicos na produção. O modo de combater estes problemas é com o uso de antiparasitários comerciais, normalmente de maneira indiscriminada e sem considerar a epidemiologia, favorecendo a resistência parasitária, além da deposição de compostos químicos no meio ambiente e na própria carne. Buscando solucionar estes problemas, novas ferramentas e propostas de manejo foram descobertas. Dentre elas, destaca-se a fitoterapia. Entre as diversas plantas estudadas, temos Artemisia annua, originária da China, pesquisada para combater diversos patógenos. Na parasitologia, muitos são os casos de sucesso relatados, principalmente frente a nematódeos e protozoários do filo Apicomplexa. Essa planta tem como principal composto a artemisinina, considerada responsável pelas atividades farmacológicas da planta. Frente a isso, esse trabalho teve como objetivo o desenvolvimento de novas metodologias de extração e aplicação dos extratos produzidos a partir da A. annua, procurando investigar o melhor extrato e a melhor concentração, no controle da coccidiose e parasitoses gastrintestinais em animais. A Artemisia annua utilizada neste experimento foi plantada em 2009 e colhida em 2010, no Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas, órgão vinculado à Universidade de Campinas, localizado em Paulínia, SP. Após a colheita das folhas e identificação taxonômica, estas foram secas a sombra em temperatura ambiente, trituradas e armazenadas ao abrigo de luz e umidade. A partir disso, foi realizado dois tipos de extrações. Na extração aquosa a quente, o material foi pesado e macerado em água destilada e mantido em banho-maria por 1 h a 30º C, sob agitação constante, seguida de filtração. Na extração hidroalcóolica, as folhas foram pesadas, trituradas em álcool 80% e armazenadas em frasco de cor âmbar, produzindo-se dois extratos diferentes: um armazenado por sete dias e o outro por 30 dias, a 4º C°, sob agitação periódica. Realizou-se a filtração, e os extratos foram concentrados e liofilizados. Como resultado, o rendimento obtido na extração aquosa foi de 3,813%; na extração hidroalcoólica de 7dias 5,89% e a 30 dias rendeu 6,891%.

Palavras-chave: Medicina Veterinária, Parasitos, Artemisia Annua