AGENTES ETIOLÓGICOS E SUA CORRELAÇÃO COM FATORES DE RISCO NA MASTITE SUBCLÍNICA NA REGIÃO OESTE DO PARANÁ

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Aluno de Iniciação Científica: Alyne Kaaren de Souza Lima (IC-Voluntária)

Curso: Medicina Veterinária - Palotina (MT)

Orientador: Geane Maciel Pagliosa

Departamento: Medicina Veterinária

Setor: Campus Palotina

Área de Conhecimento: 50502034


RESUMO

A mastite bovina é caracterizada pela inflamação da glândula mamária, causada principalmente por agentes etiológicos bacterianos, sendo responsável pela queda na produção e qualidade do leite, com consequente perdas econômicas aos criadores de vacas leiteiras. No entanto, na literatura consultada não foram encontrados levantamentos sobre a situação da afecção na região Oeste do Paraná, uma das maiores produtoras de leite do Estado. O objetivo da presente pesquisa foi determinar os agentes etiológicos e os fatores de risco relacionados a mastite subclínica. Para a determinação dos agentes etiológicos foram utilizadas 136 amostras de leite com reação ao teste CMT (Califórnia Mastitis Test) provenientes de 11 propriedades dos municípios de Marechal Candido Rondon, Nova Santa Rosa e Toledo. O leite foi semeado em placas de Petri contendo ágar sangue de carneiro a 5% e mantido em estufa a temperatura de 37ºC. Após 48 horas de incubação, as placas foram examinadas e as colônias isoladas coradas pelo método de Gram em esfregaço para verificação da morfologia e coloração do microorganismo. Os cocos gram-positivos foram diferenciados pelo teste da catalase nos gêneros Streptococcus e Staphylococcus. Para as bactérias do gênero Staphylococcus foi empregado o teste da coagulase para diferenciação em coagulase positivo (Staphylococcus aureus, S. intermedius e S. hyicus) e coagulase-negativo (S. chromogenes, S. simulans, S. warneri, S. haemolyticus). Foi utilizado o teste da aglutinação para diferenciação do S. aureus dos outros coagulase-positivos. Para diferenciação do S. agalactiae, foram realizados os testes de reação de CAMP (positiva) e hidrólise de esculina (negativa). Para correlacionar os fatores de risco, foram utilizados dados previamente obtidos das propriedades e registrados em formulários específicos referentes ao exame clínico individual das vacas, aos procedimentos de manejo e cuidados higiênicos durante a ordenha e à higiene e idade do equipamento de ordenha. A análise microbiológica revelou isolamento de Staphylococcus aureus em 57,4% das amostras, seguido de 16,9% para Escherichia coli e 5,2% para Streptococcus agalactiae. Os fatores de risco relacionados e coeficientes de correlação (odds-ratio – OR) correspondentes foram: ordenhadeira desregulada (2,10); sobreordenha (1,95); não desprezo dos três primeiros jatos de leite antes da ordenha (1,75); uso de panos coletivos na higienização dos tetos e úbere (1,54); claudicação (1,43) altura de úbere abaixo do jarrete (1,32) e fase de lactação (0,98). Segundo a metodologia empregada nessa pesquisa, pôde-se concluir que a prevalência de micro-organismos de mastite contagiosa é alta e que, entre os fatores de risco mais correlacionados, está o manejo de ordenha inadequado.

Palavras-chave: Bovinos, Mastite, Epidemiologia