INFUSÃO CONTÍNUA DE OPIOIDES EM CADELAS SUBMETIDAS À MASTECTOMIA

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Aluno de Iniciação Científica: Gabriel Aikawa Dusi (IC-Voluntária)

Curso: Medicina Veterinária - Curitiba (MT)

Orientador: Ricardo Guilherme D Otaviano de Castro Vilani

Co-Orientador: Simone Domit Guérios

Colaborador: Bruno Massa de Viveiros,

Departamento: Medicina Veterinária

Setor: Setor de Ciências AgráriasDaniella Matos da Silva, Luiz Fernando Bora

Área de Conhecimento: 50501011


RESUMO

Pacientes com neoplasias mamárias sofrem de dor tanto pela própria neoplasia quanto pelo seu tratamento cirúrgico, a mastectomia. Este é um procedimento cirúrgico bastante agressivo que causa sensibilização central devido a estímulos repetidos aos nociceptores periféricos levando à dor neuropática. Desta forma, para melhor qualidade na cirurgia e na recuperação destes pacientes, faz-se necessário o uso de um protocolo analgésico adequado ao nível de dor ao qual o paciente é submetido. Este estudo teve como objetivo avaliar a utilização da infusão contínua de propofol associado aos opioides fentanil, sufentanil, alfentanil e remifentanil na manutenção anestésica e na analgesia de cadelas submetidas à cirurgia de mastectomia total unilateral. Para isso, foram utilizadas 15 cadelas com neoplasias mamárias, as quais foram divididas aleatoriamente entre 4 grupos, sendo 4 animais no grupo fentanil (GF), 3 no grupo sufentanil (GS), 3 no grupo alfentanil (GA) e 5 no grupo remifentanil (GR). Os animais foram pré-medicados com Meperidina 0,5 mg/kg por via intramuscular, seguidos da indução anestésica com propofol na taxa de 2mg/ kg/min, até perda completa de reflexos protetores. Após a indução, foi iniciada a infusão do opioide para cada grupo, em taxa fixa de infusão de 10 ?g/kg/h de fentanil, 10 ?g/kg/h de remifentanil, 1 ?g/kg/h de sufentanil e 60 ?g/kg/h de alfentanil. A infusão de propofol foi iniciada em 0,4 mg/ kg/min, com alteração da taxa a partir da avaliação do plano anestésico. Foram avaliadas frequência cardíaca, pressão arterial sistólica, média e diastólica, frequência respiratória, saturação de O2, concentração de CO2 expirado e temperatura no transoperatório. A dor foi avaliada conforme a Escala de Melbourne, nas primeiras 24 horas após o procedimento cirúrgico. Os animais do grupo GA demonstraram menor frequência cardíaca se comparados aos outros grupos. Não houve diferença significativa entre grupos nos outros parâmetros avaliados, os quais se apresentaram dentro da normalidade. Os opioides estudados apresentaram bom controle analgésico no pós-operatório, uma vez que, apenas dois animais apresentaram dor moderada. O remifentanil e o sufentanil foram os opioides que promoveram melhor analgesia no período até 6 horas de pós-operatório. No GR, 4 de 5 animais não apresentaram dor neste período e um animal apresentou dor leve. No GS, 2 de 3 animais não apresentaram dor e um animal apresentou dor leve. No GA, 2 de 3 animais apresentaram dor leve e um ausência de dor, enquanto em GF 3 animais de 4 apresentaram dor leve e um animal ausência de dor.

Palavras-chave: Opioides, Propofol, Tiva