DETERMINAÇÃO DE PADRÕES DE NORMALIDADE TERMOGRÁFICA DE CASCO, QUARTELA E BOLETO EM AMBIENTE CONTROLADO E NÃO CONTROLADO

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Aluno de Iniciação Científica: Eduarda Maciel Busato (PIBIC-AF/FA)

Curso: Medicina Veterinária - Curitiba (MT)

Orientador: Peterson Triches Dornbusch

Colaborador: Mardjory da Silva Basten, Ivan Deconto,

Departamento: Medicina VeterináriaIvan Roque de Barros Filho

Setor: Setor de Ciências Agrárias

Área de Conhecimento: 50500007


RESUMO

Termografia é uma técnica de auxílio diagnóstico não invasiva para mensuração da temperatura de superfícies através de radiação infravermelha. Este exame é utilizado em medicina humana e veterinária, com grande utilidade na avaliação de membros de equinos claudicantes. Na medicina veterinária de grandes animais, geralmente os exames são realizados em ambiente não controlado, o qual pode influenciar no resultado da avaliação. Deste modo, é de suma importância a determinação de padrões termográficos, em ambiente climatizado, a partir de animais sadios, que possam ser utilizados como base na interpretação de anormalidades envolvendo o aparelho locomotor. O presente trabalho busca padronizar o exame de casco, coroa de casco, quartela, boleto e talões em ambiente climatizado. 15 cavalos passaram por avaliação termográfica em temperatura ambiente (t0 – variando de 14,3 a 22,3°C) e após 60 minutos (t1) em ambiente com temperatura controlada a 21°C. As imagens de casco, quartela e boleto foram captadas em três projeções (dorsal, lateral e palmar/plantar) e analisadas com auxílio do programa FLIR TOOLS®. Foram mensuradas as temperaturas médias para cada região em t0 e em t1 e os resultados passaram por análise estatística. Houve diferença nos resultados obtidos nas diversas regiões analisadas entre os momentos t0 e t1. Quando analisados os resultados obtidos em t1 não houve diferenças entre as temperaturas nas dez regiões estudadas, entre os 4 membros dos cavalos. Na projeção dorsal as médias de temperatura e desvio padrão das estruturas avaliadas em graus Celsius foram: casco = 28,3±2,9, coroa do casco = 30,0±3,3, quartela = 26,8±2,1 e boleto = 27,0±2,1. Nesta projeção, a comparação entre as estruturas mostrou diferença significativa entre todas, exceto entre quartela e boleto. Na projeção palmar/plantar foram verificadas diferença entre as temperaturas dos talões e boletos, com temperatura média (°C) dos talões de 30,5±2,8 e boleto de 27,1±1,9. Na vista lateral avaliaram-se as mesmas estruturas da vista dorsal, porem verificou-se que a coroa apresentou temperatura superior as demais regiões, que não diferiram entre si. As médias de temperatura para esta projeção (°C) foram: casco = 28,4±2,8, coroa = 30,0±3,0, quartela = 28,1±2,1 e boleto = 27,8±2,1. A partir dos resultados obtidos podemos verificar a importância de utilizarmos ambiente controlado na avaliação termográfica, bem como estabelecer um padrão de normalidade das temperaturas do casco, coroa, talões, quartela e boleto.

Palavras-chave: Termografia, Equinos, Aparelho Locomotor