RESUMO

Durante o processo de desmame os animais ainda possuem um trato gastrointestinal imaturo, com uma baixa secreção de HCl e baixa secreção enzimática, ocasionando dificuldade na digestão de dietas a base de vegetais. Durante esta fase algumas estratégias nutricionais podem ser utilizadas, como a inclusão de acidificantes às dietas, sendo uma alternativa para o controle microbiológico e estímulo à digestão. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da acidificação das dietas pós-desmame de leitões sobre as características da digesta do trato gastrintestinal. O experimento foi realizado no laboratório de Metabolismo de Suínos, no Setor de Ciências Agrárias da UFPR, nos períodos de 18 a 28/10/2012 e de 20/11 a 02/12/2012 em Curitiba, PR. Foram utilizados 48 leitões machos castrados, sendo usados 24 suínos por período. Os animais foram desmamados em média aos 20 dias de idade com aproximadamente 7,06 Kg, e desmamados aos 25 dias em média com 7,40 Kg, respectivamente para o primeiro e segundo período. O arraçoamento foi realizado quatro vezes por dia, com intervalos de 6 horas, com acidificantes e indicadores na dieta, sendo duas dietas experimentais basais, contendo menor (simples) e maior (complexa) número de ingredientes proteicos de maior custo. A partir destas, foram formuladas mais quatro dietas, pela adição de 0,4 e 0,8% do acidificante NeoAcid PIG®[1] a cada dieta basal, resultando em seis dietas com diferentes níveis de capacidade tamponante. A adição do acidificante foi realizada por substituição em igual valor de mistura de açúcar com óleo vegetal presente nas dietas basais. As dietas experimentais atendem às necessidades nutricionais para a fase do desmame. Para determinação da digestibilidade ileal, foi adicionado às dietas 0,25% de óxido de cromo como indicador. Os resultados das dietas simples, nível de acidificante 0% 0,4% e 0,8% teve uma média de pH estomacal 2,995% 3,497 % e 3,052%, respectivamente.Na dieta complexa 0 % 0,4% e 0,8% teve uma média de Ph estomacal 2,921% 3,288% e 2,899%, respectivamente. Os resultados sugerem que acrescentar 0,4% de acidificante pode ser benéfico ao trato grastointestinal dos leitões.

Palavras-chave: Acidificante, Capacidade Tamponante, Trato Gastro Intestinal