DETERMINAÇÃO DA RECONSTITUIÇÃO DE RESERVAS CORPORAIS EM FÊMEAS SUÍNAS DURANTE A GESTAÇÃO: EFEITO DO NÍVEL PROTEICO E SUPLEMENTAÇÃO DE AMINOÁCIDOS

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Aluno de Iniciação Científica: Bruna Umbria (PIBIC/CNPq)

Curso: Zootecnia (MT)

Orientador: Alex Maiorka

Colaborador: Stéfani de Bettio

Departamento: Zootecnia

Setor: Setor de Ciências Agrárias

Área de Conhecimento: 50403001


RESUMO

Para garantir o desempenho reprodutivo das fêmeas suínas atuais a nutrição tem papel essencial. A recuperação das reservas corporais de fêmeas suínas é importante para que não comprometa sua eficiência reprodutiva e para que atenda a lactação, superando a demanda de energia para a produção de leite e o baixo consumo de ração nesse período, podendo ser manipulada pela dieta. Desta forma, objetivou-se avaliar os efeitos de dietas com diferentes densidades proteicas e aminoácidicas sobre a reconstituição de reservas corporais e o desempenho da leitegada ao parto em fêmeas suínas gestantes com diferentes intensidades de mobilização corporal durante a lactação anterior. Foram utilizadas 120 fêmeas suínas multíparas gestantes, distribuídas em delineamento inteiramente casualizado, em arranjo fatorial 2 x 3, sendo 2 níveis de mobilização corporal (alta e baixa) durante a lactação anterior e 3 dietas na gestação (dieta NP – proteína normal: 14,7% de PB; dieta AP – alta proteína: 18,6% de PB; e dieta BP + AAs: 14,0% de PB). Foram coletadas medidas de peso corporal, espessura de toucinho, fezes, urina e sangue dos animais aos 35, 63 e 84 dias de gestação. As porcas que sofreram restrição durante a lactação prévia tiveram maior ganho de peso, de proteína e de gordura (p<0,1) nos primeiros 35 dias (NP e AP) de gestação e no período total da gestação (NP). Os tratamentos não influenciaram o número e o peso dos leitões nascidos, o ganho de peso da leitegada e o coeficiente de variação ao nascimento, mas as porcas que não sofreram restrição tiveram maior número de natimortos. Pode-se concluir que as porcas que sofreram catabolismo mais severo durante a lactação anterior recuperam suas reservas de proteína e gordura nos primeiros 35 dias de gestação e que a suplementação de aminoácidos sintéticos pode ser utilizada como estratégia nutricional, tendo em vista que ao final da gestação não houve diferenças entre os tratamentos para as variáveis estudadas.

Palavras-chave: Gestação, Reconstituição Corporal, Proteína