PODER CALORÍFICO SUPERIOR DE ACACIA MEARSII DE WILD. EM DIFERENTES COMPARTIMENTOS, IDADES E LOCAIS

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Aluno de Iniciação Científica: Marieli Sabrina Ruza (PROBEM/UFPR)

Curso: Engenharia Florestal (MT)

Orientador: Carlos Roberto Sanquetta

Co-Orientador: Ana Paula Dalla Corte

Colaborador: Alexandre Behling, Aurélio Lourenço Rodrigues, Heloisa Pscheidt

Departamento: Ciências Florestais

Setor: Setor de Ciências Agrárias

Área de Conhecimento: 50206001


RESUMO

Diante das perspectivas atuais de emissão de Gases de Efeito Estufa estímulos vêm sendo dados ao uso das energias renováveis, dentro as quais destacam-se aquelas advindas da madeira. O poder calorífico superior (PSC) é uma das variáveis mais usadas para a avaliação da qualidade da madeira para fins energéticos. O presente trabalho objetivou analisar os valores de poder calorífico superior para diferentes compartimentos de Acacia mearsii de Wild., espécie que vem ganhando importância econômica no Brasil. Para tanto, foram coletadas amostras em plantios comerciais dos municípios de Cristal e Piratini – RS. Em cada povoamento foi selecionada uma encosta de exposição norte em que foram demarcadas três parcelas localizadas no terço superior, médio e inferior da pendente. O tamanho das parcelas foi de 9 m x 16 m para o plantio de um ano de idade e de 9 m x 14 m para os plantios com idades 3, 5 e 7 anos, equivalendo a quatro linhas de plantio com 10 plantas em cada linha. Para os compartimentos galhos vivos e mortos foram retirados 200 gramas para cada compartimento. Para a madeira e casca foram retirados 5 discos de 2 centímetros de espessuras ao longo do fuste nas alturas 0%, 25%, 50%, 75% e 100%, considerando como altura de topo 4 cm de diâmetro. As amostras foram secadas em estufa de circulação e renovação do ar a 75°C e aproximadamente meio grama de amostra foi submetida à bomba calorimétrica C5000, IKA WORKS para análise do PCS. Os dados resultantes foram submetidos ao teste de Bartlett para verificar a homocedasticidade e posteriormente à análise fatorial, a 5% de significância, pelo software ASSISTAT Versão 7.6. Os resultados demonstraram haver diferença significativa apenas para a interação entre local, idade e compartimento, para as idades de 1 e 7 anos. O compartimento galhos mortos apresentou valores maiores (5.777,21 kcal/kg) para Piratini quando comparado a Cristal (4.537,88 kcal/kg) para a idade 1, enquanto que na idade 7 os galhos mortos apresentaram maior valor (6.190,67 kcal/kg)para Cristal e menor para Piratini (4.594,23 kcal/kg). Também na idade 7 a casca do fuste se destacou com valor maior (5.896,26 kcal/kg) para Piratini quando comparado a Cristal (5.896,26 kcal/kg).Tais valores analisados permitem afirmar que a acácia-negra tem potencial para ser uma das espécies usadas para atender a maior demanda por energia vegetal no futuro.

Palavras-chave: Acácia Negra, Energias Alternativas, Análise Fatorial