INFLUÊNCIA DA ALTURA DO LENÇOL FREÁTICO NO CRESCIMENTO E NA FENOLOGIA DE SEBASTIANIA COMMERSONIANA (BAILL.) L.B.SM. & R.J. DOWNS.

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Aluno de Iniciação Científica: Alexandre Braghini (FUNPAR)

Curso: Engenharia Florestal (MT)

Orientador: Franklin Galvão

Co-Orientador: Jaçanan Eloisa de Freitas Milani

Departamento: Ciências Florestais

Setor: Setor de Ciências Agrárias

Área de Conhecimento: 50205005


RESUMO

A alocação de recursos para o crescimento de espécies arbóreas é bem definido ao longo do ano, e geralmente a fenofase reprodutiva e o crescimento radial ocorrem em períodos distintos, em uma transição sutil. Frequentemente essas atividades estão correlacionadas negativamente e de forma linear. Sebastiania commersoniana é uma espécie bem adaptada a ambientes hidromórficos, em planícies de inundação. O objetivo do trabalho foi comparar o crescimento diamétrico da espécie e expressividade das fenofases reprodutivas ao longo do ano em indivíduos naturalmente estabelecidos em gleissolos (solos hidromórficos), com diferentes graus de saturação hídrica. A pesquisa, com duração de 24 meses, foi realizada em Araucária/PR em um fragmento de Floresta Ombrófila Mista Aluvial, da margem direita do rio Barigui. Foram instaladas cintas dendrométricas para o monitoramento do incremento diamétrico em 40 indivíduos adultos de Sebastiania commersoniana e para o acompanhamento da altura do lençol freático foram instalados poços hídricos. O acompanhamento fenológico dos indivíduos foi feito através do índice de atividade. Campanhas mensais de campo foram realizadas para leitura e observação dos dados. Com base nas diferenças na altura do lençol freático foram estabelecidos três ambientes hidromórficos distintos: (1) com saturação hídrica plena, (2) com saturação hídrica temporária e altura do lençol intermediária, (3) com saturação hídrica temporária e altura do lençol baixa. Enquanto indivíduos em ambientes com saturação hídrica temporária tiveram um crescimento maior em diâmetro (0,12 cm/ ano) e constante entre os meses de novembro e fevereiro, indivíduos em ambientes com saturação hídrica plena tiveram um crescimento significativamente inferior (0,06 cm/ano), deslocando o seu pico de produção para os meses de janeiro e fevereiro. A produção de frutos também foi menor e de ocorrência posterior em ambientes com saturação hídrica plena. Áreas com saturação hídrica menos proeminente tiverem uma floração mais evidente e distinta. Embora seja consenso de que se trate de uma espécie hidrófila, fica evidente que a Sebastiania commersoniana tem um limite de saturação hídrica a partir do qual representa um declínio na sua produtividade e por sua vez um atraso em seu crescimento.

Palavras-chave: Floresta Aluvial, Branquilho, Cintas Dendrométricas