VIABILIDADE DA UTILIZAÇÃO DE SUBPRODUTOS DA CORDIA TRICHOTOMA (LOURO-PARDO) PARA A PRODUÇÃO DE PAINÉIS DE MADEIRA AGLOMERADA

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Aluno de Iniciação Científica: Lucas Machado (Bolsista permanência)

Curso: Engenharia Industrial Madeireira (N)

Orientador: Rosilani Trianoski

Departamento: Ciências Florestais

Setor: Setor de Ciências Agrárias

Área de Conhecimento: 50204092


RESUMO

A grande geração de resíduos, nos mais variados processos de beneficiamento da madeira, por muito tempo se constituiu em um dos maiores entraves para o desenvolvimento econômico do setor madeireiro. A possibilidade de transformar e agregar valor a esses subprodutos das mais variadas espécies, entre outros, surge com a fabricação do painel de madeira aglomerada, onde o crescimento expressivo nos anos 1990-2010 fez a produção do país chegar a 3 milhões de m³, segundos dados da ABIPA. Na geração deste produto muitos fatores exercem influência, entre eles a espécie, onde espécies com massa específica até 0,55 g/cm3, são as mais adequadas. A Cordia trichotoma (Louro pardo) é uma espécie tropical nativa que vem sendo utilizada em plantios florestais. Sua madeira apresenta massa especifica de 0,43 a 0,78 g/cm3, e é utilizada principalmente para a produção de móveis, lâminas faqueadas e na construção civil. Buscando agregar mais valor à esta espécie, o objetivo desta pesquisa é avaliar a viabilidade da utilização dos subprodutos (casca, maravalhas e costaneiras) da Cordia trichotoma para a produção de painéis aglomerados. Os subprodutos serão coletados a partir do processamento mecânico de árvores coletadas em plantios experimentais localizados em Corupá-SC. O material será reprocessado até a obtenção de partículas sliver, sendo posteriormente classificado em peneiras com granulometrias entre 8 e 30 mesh. Os painéis serão produzidos segundo um delineamento inteiramente casualizado, compreendendo tratamentos produzidos somente com os subprodutos da Cordia trichotoma, e em misturas destes subprodutos com partículas de espécies de menor massa específica. Os painéis serão consolidados utilizando resina uréia-formaldeido (8%), temperatura de prensagem de 160ºC, pressão específica 40 Kgf/cm², e tempo de 8 minutos. A qualidade dos painéis será avaliada por meio dos ensaios de massa específica aparente (EN 323:2002), absorção de água e inchamento em espessura (EN 317: 2002), teor de umidade (EN 322:2002), flexão estática (EN 310:2002), tração perpendicular a superfície do painel (EN 319:2002) e resistência ao arrancamento de parafuso no topo da superfície (NBR 14810:2006). Os valores experimentais serão comparados com os requisitos mínimos estabelecidos pelas normas EN 312:2003 e NBR 14810-2:2006.

Palavras-chave: Painel Aglomerados, Resíduos, Louro Pardo