IDENTIFICAÇÃO DE LENHO CARBONIZADO ATRAVÉS DE INFRAVERMELHO PRÓXIMO EM MATERIAL MACIÇO

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Aluno de Iniciação Científica: Luciellen Pereira Martins (PIBIC/UFPR-TN)

Curso: Engenharia Florestal (MT)

Orientador: Silvana Nisgoski

Co-Orientador: Graciela Inés Bolzon de Muñiz

Colaborador: Francielli Rodrigues Ribeiro Batista,

Departamento: Engenharia e Tecnologia Florestal

Setor: Setor de Ciências AgráriasRichard Eduard Molleken, Alexandre Melnic Bliharski

Área de Conhecimento: 50204017


RESUMO

Com o enrijecimento das leis ambientais e trabalhistas, o aumento das operações conjuntas de órgãos ambientais e Polícia Federal para a autuação e destruição de grandes carvoarias que insistem em operar sem licenças ambientais, a demanda por sistemas mais modernos de produção e meios mais rápidos de identificação, a fiscalização se intensificou, assim este trabalho objetiva a utilização da técnica do infravermelho próximo para a distinção do lenho carbonizado de espécies florestais com restrição de corte. Foram analisados três indivíduos de seis espécies da flora do cerrado paulista: Caryocar brasiliense Cambess. (Caryocaraceae); Copaifera langsdorfii Desf. (Fabaceae – Caesalpinioideae); Dalbergia violaceae (Jacq.) Hoffmanns. (Fabaceae – Faboideae); Dimorphandra mollis Benth. (Fabaceae – Mimosoideae); Pouteria torta (Mart.) Radlk. (Sapotaceae) e Qualea grandiflora Mart. (Vochysiaceae). O material foi envolvido em papel alumínio, carbonizado em forno mufla a 400 ºC, durante 40 minutos e na ausência de ar. Após a quebra manual nos três eixos anatômicos (transversal, radial e tangencial), foram obtidas imagens para ilustração e foram coletados 30 espectros, diretamente do material maciço, nos diferentes sentidos anatômicos para cada espécie, em um espectrofotômetro Tensor 37 da Bruker, em reflectância difusa, operando na faixa do infravermelho próximo entre 4000 e 10000 cm-1. A análise dos espectros foi realizada com o auxílio do software Unscrumbler ®, versão 10. Foram analisados os espectros originais, com alinhamento da linha base, e alinhamento da linha base mais segunda derivada. A melhor diferenciação das espécies ocorreu após o tratamento de segunda derivada, que destaca as características contrastantes, eliminando a variação proveniente do equipamento. A utilização do infravermelho próximo em amostras sólidas de lenho carbonizado foi eficiente na distinção das espécies estudada. Recomenda-se a separação dos espectros obtidos em cada face, ou seja, a análise em separado da seção transversal, radial e tangencial, além de outros tratamentos matemáticos para a possível distinção das espécies.

Palavras-chave: Infravermelho Próximo, Fiscalização, Lenho Carbonizado