CONTROLE DE INDIVÍDUOS ADULTOS DE HOVENIA DULCIS THUNB.: ESPÉCIE EXÓTICA INVASORA NA FLORESTA OMBRÓFILA MISTA

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Aluno de Iniciação Científica: Matheus de Paula Bianchi (IC-Voluntária)

Curso: Engenharia Industrial Madeireira (MT)

Orientador: Carlos Roberto Sanquetta

Co-Orientador: Ana Paula Dalla Corte

Colaborador: Francelo Mognon

Departamento: Engenharia e Tecnologia Florestal

Setor: Setor de Ciências Agrárias

Área de Conhecimento: 50202006


RESUMO

A espécie Hovenia dulcis Thunb., conhecida como uva-do-japão, apresenta características de planta invasora nas florestas no Brasil, interferindo na regeneração natural das espécies nativas. Diante dessa problemática, o objetivo deste trabalho foi testar formas de controle dos indivíduos adultos desta espécie. O experimento foi implantado na Estação Experimental Rudi Arno Seitz, em São João de Triunfo PR, em fevereiro de 2011. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, tendo como unidade amostral indivíduos adultos, Foram aplicados 5 tratamentos com 4 repetições (indivíduos) cada. Os tratamentos consistiram em: A Testemunha; B Anelar (anelamento); C Anelar+óleo (anelamento e aplicação de óleo queimado na área do corte); D – Tradar + óleo (fez-se um furo à altura do peito e aplicou-se óleo queimado); E – Sal (aplicou-se 2kg de sal iodado em um raio de 50cm da base do indivíduo). Todos os tratamentos foram aplicados nas árvores a 1,20 m do solo. A avaliação foi feita em função da altura total e diâmetro à altura do peito (DAP) dos indivíduos. Após 26 meses da implantação, os resultados do experimento, indicaram que os indivíduos do tratamento A apresentaram incremento em diâmetro na ordem de 2,2 cm, seguidos pelo tratamento C com 1,7 cm, B e E com 1,5 cm e, finalmente D com incremento de 1,4 cm. Entretanto, aplicando-se a análise de variância, constatou-se não haver diferença significativa entre os tratamentos a 5% de significância, quanto ao incremento diamétrico. Contudo, observou-se que os tratamentos B e C foram mais eficazes em função do objetivo do experimento, visto que possibilitaram a mortalidade de 100% dos indivíduos. Sendo assim, presumimos que apesar de não haver diferença significativa para os incrementos entre os tratamentos durante o período avaliado, possivelmente haverá uma diferenciação futura, resultante da estagnação de crescimento dos indivíduos mortos. Conclui-se que os tratamentos anelados, com ou sem óleo, são os mais eficazes no controle de indivíduos de Uva-do-Japão, considerando-se um período de 2 anos após a aplicação dos mesmos, podendo assim dispensar a aplicação do óleo.

Palavras-chave: Espécie invasora, Experimento, Uva-do-Japão