FUNÇÕES DE AFILAMENTO PARA COLMOS DO GÊNERO BAMBUSA

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Aluno de Iniciação Científica: Clériston Sidnei Martins (IC-Voluntária)

Curso: Engenharia Industrial Madeireira (MT)

Orientador: Carlos Roberto Sanquetta

Co-Orientador: Ana Paula Dalla Corte

Colaborador: Francelo Mognon

Departamento: Ciências Florestais

Setor: Setor de Ciências Agrárias

Área de Conhecimento: 50202006


RESUMO

Pertencente à família das gramíneas (Poaceae), os bambus ocorrem naturalmente em todos os continentes, exceto na Europa. O uso do bambu no oriente remonta há quase cinco mil anos e há mais de quinhentos anos na América do Sul, sendo que no Brasil apresenta notório crescimento. Por apresentar propriedades físicas e químicas atraentes para uma diversidade de produtos, torna-se necessário o conhecimento a respeito da forma dos colmos de bambu. Dentre as espécies de bambu utilizadas no Brasil destaca-se o gênero Bambusa. O presente trabalho tem o objetivo de desenvolver funções de afilamento dos colmos de duas espécies de bambu: Bambusa vulgaris Schraderex Wendland e Bambusa oldhamii Munro. Foram amostrados 24 colmos de bambus jovens (2 anos), sendo 12 indivíduos de cada espécie, coletados na Estação Experimental do Canguiri, pertencente à Universidade Federal do Paraná, situada no município de Pinhais no Estado do Paraná. Os dados foram obtidos por meio de medições diretas, sendo posteriormente ajustados dois modelos de funções de afilamento, sendo: polinômio de 2º grau (Kozak et al.) e polinômio de 5º grau (Prodan). Os colmos apresentaram em média dap de 3,1 cm e altura de 4,7 m, com desvio padrão de 0,37 do diâmetro de interesse pelo diâmetro na altura do peito. O ajuste realizado por meio de regressão utilizando o polinômio de 2º grau resultou na equação: y = 0,569x2 0,465x + 1,155, obtendo-se um coeficiente de determinação ajustado (R²ajust.) de 0,92 e erro padrão da estimativa (Syx) de 15,32%. O ajuste do polinômio de 5º grau, também por meio de regressão, resultou na equação: y = 6,764x5 + 15,43x4 13,18x3 + 4,877x2 1,508x + 1,197, resultando em melhor R²ajust. com valor de 0,93 e um menor Syx 13,9% comparado com o valor de Kozak et al. Desta forma, pode-se observar que as estatísticas dos ajustes das funções de afilamento para as espécies do gênero Bambusa em sua fase juvenil, apresentaram bons resultados, sendo que o polinômio de 5º grau obteve melhor desempenho. Por fim, conclui-se que da mesma forma que as funções de afilamento são empregadas com sucesso em diversas espécies florestais, o desempenho observado no ajuste das mesmas para o gênero Bambusa é satisfatório, indicando a factibilidade do seu uso.

Palavras-chave: Bambu, Volume, Modelagem