ISOLAMENTO, IDENTIFICAÇÃO E SELEÇÃO DE FUNGOS ENDOFÍTICOS PARA O CONTROLE BIOLÓGICO DE BOTRYTIS CINEREA EM MUDAS DE EUCALYPTUS BENTHAMII.

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Aluno de Iniciação Científica: Maira Gomes Descio de Almeida (PIBIC/UFPR-TN)

Curso: Engenharia Florestal (MT)

Orientador: Ida Chapaval Pimentel

Co-Orientador: Celso Garcia Auer; Patricia R. Dalzoto

Colaborador: José Antonio Sbravatti Junior

Departamento: Patologia Básica

Setor: Setor de Ciências Biológicas

Área de Conhecimento: 50201085


RESUMO

O Eucalyptus benthamii é uma das principais espécies de eucalipto plantadas na região sul do Brasil, por ter maior resistência à geadas e seu uso na produção florestal. Na produção de mudas desta espécie, há existência de uma doença conhecida como mofo-cinzento, causado pelo fungo Botrytis cinerea. Uma das alternativas para o controle dessa doença é o controle biológico com fungos endofíticos. O trabalho objetivou isolar os fungos endofíticos provenientes de mudas de E. benthamii para o controle do B. cinerea. Foram coletadas mudas sadias de três meses de idade de um viveiro comercial no município de Guarapuava (PR). Para o isolamento de fungos endofíticos utilizou-se da técnica de desinfecção superficial descrita a seguir: lavagem das amostras em água corrente para a retirada de resíduos de poeira e solo; imersão em solução de álcool 70% por 1 minuto; imersão em solução de hipoclorito de sódio 1% por 3 minutos; imersão em solução de álcool 70% por 30 segundos; enxágue de duas vezes em água destilada e esterilizada e corte das amostras em fragmentos. Após este processo, foram utilizadas 100 placas de petri contendo meio BDA (HIMEDIA®). Nas 50 primeiras placas, foram colocados 5 fragmentos, nomeados por A, B, C, D e E, de folhas do eucalipto e nas outras 50, foram colocados 5 fragmentos de hastes da planta, totalizando 250 fragmentos de folhas e 250 de hastes. Considerando a possibilidade de que em cada fragmento pudesse haver o crescimento de mais de um fungo, os fungos foram nomeados por alguma letra de A até E, que representava qual era o seu fragmento e seguido pelo seu número de crescimento, se fosse o primeiro seria 1 e fosse o quinto seria 5. As placas foram incubadas em BOD a ±25°C durante 7 a 14 dias. Após o isolamento os fungos endofíticos foram identificados de acordo com critérios macromorfológicos, purificados e preservados a -4°C para posterior identificação. Para o cálculo da frequência de isolamento (FI) foi avaliado o número de fragmentos que apresentaram crescimento fúngico em relação ao número total de fragmentos avaliados. De 42 fragmentos das folhas foram isolados 60 fungos e em 10 fragmentos de hastes um total de 10 fungos, obtendo-se o valor de FI de 16,8% e 4% para os fragmentos de folhas e hastes respectivamente. Os fungos isolados foram divididos em 14 morfotipos. Atualmente os fungos estão sendo identificados pela técnica do microcultivo e posteriormente serão realizados os testes de pareamento in vitro contra o patógeno B. cinerea visando selecionar isolados com potencial de controle biológico.

Palavras-chave: Biocontrole, Eucalipto, Mofo-Cinzento