AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E DO COMPORTAMENTO DAS ESPÉCIES NA REGENERAÇÃO ANTES E APÓS O MANEJO MEDIANTE O USO DO FOGO

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Aluno de Iniciação Científica: Heitor Renan Ferreira (IC-Voluntária)

Curso: Engenharia Florestal (MT)

Orientador: Alexandre França Tetto

Co-Orientador: Antonio Carlos Batista

Colaborador: Edson Henrique Picolo Rodrigues,

Departamento: Ciências Florestais

Setor: Setor de Ciências AgráriasLuiz Donizeti Casimiro Junior, Taise Victorazzi

Área de Conhecimento: 50201085


RESUMO

O uso do fogo no manejo florestal pode trazer benefícios para as formações vegetais, como possibilitar o desenvolvimento de espécies nativas e a consequente melhoria do ambiente. O objetivo deste trabalho foi realizar o levantamento e o monitoramento das espécies arbóreas, antes e após o uso de queima controlada, verificando a sua eficiência no controle de alfeneiro (Ligustrum lucidum Aiton Oleaceae). A área, objeto de estudo, localiza-se no município de Curitiba, no Campus III da Universidade Federal do Paraná – Jardim Botânico. Cabe destacar que o uso do solo ao longo do tempo e seu posterior abandono, possibilitou o estabelecimento de alfeneiro na área, resultando na estabilização do solo (antropossolo), embora tenha impedido a regeneração de espécies nativas e o aumento da diversidade biológica. Para a realização deste estudo, foi realizada a escolha de uma subárea de 357 m², que foi dividida em 20 parcelas de 9 m² e 10 sub-parcelas de 1 m². Realizou-se o inventário do material combustível em cada sub-parcela, classificando-o em material lenhoso vivo e material lenhoso morto, este respeitando as classes com os seguintes diâmetros: I miscelânia (material fino em decomposição); II menor que 0,7 cm; III de 0,71 a 2,5 cm, IV de 2,51 a 7,5 cm; e V maior que 7,5 cm. Ao realizar o levantamento do material combustível, foi determinado o teor de umidade de cada sub-parcela mediante as variáveis de massa úmida e massa seca, esta obtida após secagem em estufa à temperatura de 75 °C durante 48 horas. Posteriormente foi realizado o levantamento florístico nas parcelas, identificando a cobertura vegetal acima de 15 cm de altura e classificando o alfeneiro em três classes: I – Circunferência à Altura do Peito a 1,30 m (CAP) maior ou igual a 10 cm e altura maior que 1,80 m; II – CAP menor que 10 cm e altura maior que 1,80 m; e III – CAP menor que 10 cm e altura menor que 1,80 m. Os resultados preliminares, obtidos por meio do levantamento florístico e do inventário de material combustível, mostraram a presença de 12 diferentes espécies, tendo o alfeneiro apresentado a maior densidade (64,63% do total) e uma predominância dos grupos I e II, com 16,47% e 54,72%, respectivamente. A média da quantidade de material combustível úmido foi de 18,97 ton/ha, tendo a classe II como a mais representativa (28,51% do total). Foi constatado um teor de umidade médio do material combustível de 65,85%. Pode-se concluir até o momento que a quantidade de material combustível disponível na área, permite a realização do controle de alfeneiro com a utilização do fogo.

Palavras-chave: Queima Controlada, Ligustrum lucidum, Material Combustível