O DESENVOLVIMENTO NO BRASIL DO MOGNO AFRICANO

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Aluno de Iniciação Científica: Andrea da Cruz Oliveira Iavorski (PET)

Curso: Engenharia Industrial Madeireira (MT)

Orientador: Ivan Venson

Departamento: Engenharia e Tecnologia Florestal

Setor: Setor de Ciências Agrárias

Área de Conhecimento: 50201026


RESUMO

O mogno brasileiro Swietenia macrophylla tem demanda de alto valor comercial por possuir particularidades como: cor avermelhada que é padrão comercial, madeira leve, estável, fácil de trabalhar e brilhante, utilizada na fabricação de móveis finos e instrumentos musicais com timbre e ressonância característica, mas teve um ciclo exploratório predatório, hoje em vias de extinção tem barreiras legais para exploração. O grande desafio do setor madeireiro é equilibrar o apelo da madeira sustentável e a demanda por madeiras nobres, que sinaliza necessidade de investimento na exploração de madeira de reflorestamento de espécies nobres, com planejamento adequado do manejo e condução da floresta, plantios consorciados e pesquisas de melhoramento genético. A pressão ecológica do mercado fez surgir à necessidade por espécies alternativas, uma opção é o mogno africano Khaya spp, seu cultivo no Brasil cresceu nas últimas décadas e com significativo valor econômico, que justifica seu plantio comercial. Os objetivos deste trabalho são: a) apresentar propriedades do mogno africano, b) mostrar características do cultivo no Brasil. Esta pesquisa utiliza metodologia de revisão de literatura, envolvendo 5 revistas especializadas, 3 livros, 11 dissertações abrangendo dados históricos e atuais. A pesquisa concluiu que o mogno africano mais cultivado no Brasil é Khaya ivorensis, de cor castanho-avermelhado, porém mais avermelhado que o brasileiro pela presença de antocianina, madeira de textura lisa, alta durabilidade, estável, fácil manuseio mecânico e secagem, resistente, de difícil impregnação. Desenvolve-se em clima Tropical e Subtropical, se adaptou ao clima de quase todos os estados brasileiros, exceto nos frios. Suas mudas se reproduzem com facilidade; crescimento rápido, se manejado o raleamento ocorre entre 10-12anos, corte raso 15-16 e desbaste final 20 anos; resistente a Hypsiphyla grandella, aceita bem o plantio consorciado. O aproveitamento da árvore é quase total, a madeira utilizada na fabricação de móveis de luxo e de instrumentos musicais; sua casca e folhas têm fins medicinais; os frutos para produção de sementes, as cinzas para conservação de grãos armazenados. Tem plantio comercial principal em Goiás, Minas Gerais, Pará. O cultivo do mogno africano no Brasil foi bem aceito no mercado por ter propriedades estéticas muito parecidas com o mogno brasileiro, tem alto valor comercial e possui características facilitadoras ao seu cultivo, que o torna uma opção na recuperação de áreas de reflorestamento sem as restrições legais do mogno brasileiro.

Palavras-chave: Khaya, Mogno Africano, Reflorestamento