PRODUÇÃO DE BIOMASSA COMERCIAL DE ILEX PARAGUARIENSIS ST. HIL. EM CONSORCIO COM EUCALIPTO SOBRE DIFERENTES CONDIÇÕES DE LUMINOSIDADE E ADUBAÇÃO.

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Aluno de Iniciação Científica: Janyce de Oliveira Santos (PET)

Curso: Engenharia Florestal (MT)

Orientador: Alessandro Camargo Angelo

Co-Orientador: Übersson Boaretto Rossa

Colaborador: Jorge Zbigniew Mazuchowski

Departamento: Ciências Florestais

Setor: Setor de Ciências Agrárias

Área de Conhecimento: 50201000


RESUMO

O cultivo erva-mate constitui um sistema agrícola que há anos vem sendo explorado, principalmente na região sul do país. Seja através dos ervais nativos ou dos plantados. Atualmente, a sua produção tem aumentado o interesse dos produtores por representar uma fonte de benefícios sociais, econômicos e ambientais. Entre as suas múltiplas utilidades, a erva mate serve de matéria prima para produção de bebidas,essências,medicamentos e alimentos. Como a erva mate é uma planta esciófila, que tem bom crescimento em condições de sombreamento, pode ser considerada uma espécie potencial para consorciação silvicultural. Os sistemas de produção em consórcios, em povoamentos florestais, caracteriza uma alternativa de incremento da produtividade. Neste trabalho objetivou-se avaliara produção de biomassa comercial da erva mate quando submetida a um sistema de cultivo em consórcio com E. grandis sob diferentes gradientes de luminosidade relativa e fertilização. O experimento foi implantado em um erval comercial situado na Fazenda São José, localizada no munícipio de Guarapuava, PR. Foi estabelecido de modo que a luminosidade relativa fosse de 30%, 45% e 60%. Sendo esses níveis de luz obtidos através da redução da densidade de eucaliptos. A intensidade de luminosidade foi verificada através do luxímetro. Com relação á fertilização, essa foi constituída por três tratamentos: adubo químico convencional de pronta solubilidade na formulação comercial 15-05-30, fertilizante de liberação lenta 15-08-12 e testemunha. Durante dois anos foi avaliada a produtividade através da mensuração do peso da biomassa comercial, considerando folhas e galhos com ramos de até 0,5 cm de espessura. Constituiu-se um delineamento de blocos ao acaso, em um esquema experimental fatorial 3 por 3, com 9 tratamentos e 3 repetições, totalizando 27 parcelas experimentais de 180 m2 de área media, com 10 plantas úteis em cada parcela. Para comparação das médias, realizou-se o teste de Tukey á 5 % de probabilidade. Com os resultados obtidos constatou-se que, estatisticamente, os tratamentos de fertilização e luminosidade não diferiram. Entretanto, em termos físicos, os tratamentos submetidos à luminosidade de 60% apresentaram uma tendência de aumento do peso da biomassa comercial. Enquanto que a fertilização provocou efeitos inexpressivos na produtividade da cultura.

Palavras-chave: Ilex paraguariensis A. St.-Hil., Adubação, Luminosidade