RESUMO

A Região Metropolitana de Curitiba é tradicional no cultivo da videira, especialmente cultivares americanas, destinadas a vinho e suco, seguindo as tendências de crescimento da viticultura brasileira nos últimos anos. Atualmente, a baixa diversidade de cultivares copa exige a introdução e avaliação de novas cultivares, buscando ampliar o período de colheita e produtividade, sendo essencial o conhecimento fenológico para o planejamento e realização dos tratos culturais. Este trabalho avaliou o comportamento fenológico das cultivares copa de videira Concord, Bordô e BRS Carmen, quando enxertadas no porta-enxerto 1103 Paulsen, em Campo Largo-PR. O parreiral foi instalado em 2008, com o plantio de estacas do porta-enxerto 1103 Paulsen sobre as quais, em 2009, foram enxertadas as cultivares copa, pelo método da garfagem lenhosa. Implantadas em camalhões, as videiras foram espaçadas em 2,5 x 4 metros e conduzidas em cordão esporonado duplo, em sistema de semi-latada em T. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso com 4 repetições e 4 plantas/parcela. No ciclo 2012/2013, avaliações quinzenais atribuindo notas relativas ao estádio fenológico das 4 gemas seguintes ao ramo produtivo marcado foram realizadas de 29/08/2012 à 02/03/2013. O ciclo fenológico foi dividido em 13 fases, sendo elas, em devida ordem: gema inchada, gema algodão, brotação, aparecimento da inflorescência, inflorescência desenvolvida, início do florescimento, 50% das flores abertas, frutificação, grãos "chumbinho", grãos "ervilha", início da compactação do cacho, início da maturação e colheita. Ao final das análises, a cultivar BRS Carmen mostrou ser a mais tardia, com 170 dias de ciclo. As cultivares Concord e Bordô diferiram significativamente e completaram seus ciclos em, respectivamente, 148 e 139 dias.

Palavras-chave: Vitis labrusca, Fenologia, Viticultura