RESUMO

O Brasil é um grande produtor mundial agrícola e entre os principais grãos produzidos encontra-se o milho com área semeada na safra 2011/12 de 7,56 milhões de hectares. O nitrogênio (N) é um dos nutrientes essenciais mais absorvidos por esta espécie e apresenta grande efeito na produtividade da planta. Este nutriente pode ser fornecido para o milho através da adubação ou de simbiose com bactérias diazotróficas. Na agricultura brasileira a uréia é a adubação nitrogenada mais utilizada devido, além de ser fácil de obter no mercado, ter normalmente a melhor relação quantidade de N e preço. Estas bactérias fixam o N do ar e fornecem este nutriente para a planta em troca de fotoassimilados. Esta simbiose, entre outros fatores, sofre grande influência do genótipo da planta. O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial da inoculação com Azospirillum brasilense em substituir a adubação nitrogenada no milho. Foi implantado um experimento em vasos no Setor de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Paraná no ano de 2013, em Curitiba, PR. Foram utilizados três híbridos de milho (DKB 566 PRO, BG7060H e PRE 32D10), combinados com duas doses de N (sem N e com 100 kg ha-1 de N) e com dois níveis de inoculação com Azospirillum (sem e com inoculação). A fonte de N foi a ureia, incorporada ao solo em dois estádios (30 kg ha-1 de N em estádio V2 e 70 kg ha-1 de N em estádio V4). O Azospirillum brasiliense foi misturado na semente imediatamente antes da semeadura, através de um inoculante turfoso comercial contendo as estirpes AbV5 e AbV6. Quando houve variação nos parâmetros avaliados, esta foi devido aos diferentes materiais genéticos e principalmente devido a aplicação de N. A inoculação com Azospirilum não foi eficiente em alterar o crescimento do milho em substituição à adubação nitrogenada.

Palavras-chave: Nitrogênio, Fixação Biológica, Azospirillum