BIOENERGIA A PARTIR DA BIOMASSA RESIDUAL DO MILHO E DA CANA: POTENCIAL DE PRODUÇÃO NO PARANÁ

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Aluno de Iniciação Científica: Cesar Augusto Schmid Saudade (PIBIC/Fundação Araucária)

Curso: Agronomia (MT)

Orientador: Volnei Pauletti

Colaborador: Letícia de Pierri, Gabriel Demetrios Ternoski

Departamento: Solos e Engenharia Agrícola

Setor: Setor de Ciências Agrárias

Área de Conhecimento: 50101005


RESUMO

A utilização de fontes de energia renovável se torna cada vez mais atraente, visto que o aumento populacional e seu consumo energético é constante. Os resíduos agrícolas por sua vez, são uma fonte de energia interessante neste aspecto pois, além de renováveis, trazem vários benefícios aos agricultores. O Paraná por ser um dos principais produtores de grãos do Brasil gera uma quantidade expressiva deste subproduto. Entre as espécies mais culitvadas no Estado estão o milho e a cana-de-açúcar, que produzem uma grande quantidade de biomassa residual. No entanto, o milho apresenta uma disponibilidade de biomassa residual somente em uma determinada época do ano. Com esta biomassa que é subproduto da colheita de grãos e de álcool e açúcar o agricultor poderia utilizá-la na combustão direta para gerar calor na secagem de grãos, ou na geração de energia elétrica ao gerar vapor para acionar uma turbina acoplada a um gerador elétrico. De maneira geral, a literatura apresenta que cada 3 Kg de biomassa tem eficiência de gerar de 1kWh de energia. Neste contexto, o presente trabalho tem como objetivo determinar a sazonalidade e potencial de produção da biomassa residual das culturas do milho e da cana-de-açúcar no estado do Paraná, de modo a estimar o potencial de produção de energia elétrica em cada núcleo regional do Estado. Foi utilizado como fonte de pesquisa, informações disponibilizadas pela SEAB para as safras 07/08, 08/09 e 09/10 para as culturas citadas anteriormente. Para a cultura do milho foi somada a produção de grãos da primeira e da segunda safra, fazendo assim apenas uma produção por ano. A partir dos dados de produção de grãos de milho ou de colmo da cana, foi feito uma média entre os anos, e com o índice de colheita das culturas foi possível estimar a produção de biomassa residual por espécie. Com a utilização do calendário de colheita da SEAB foi possível avaliar a sazonalidade dessa biomassa disponível. Observou-se que quase 70% da disponibilidade da biomassa ocorre entre os meses de fevereiro e maio, resultado da grande quantidade de biomassa gerada pelas duas safras provenientes do milho, e pela menor expressão que a cana-de-açúcar tem no Paraná. Na cultura da cana-de-açúcar notou-se uma disponibilidade de biomassa mais uniforme durante o ano, ocorrendo um pico de produção no mês de agosto. Porém, quase 95% da produção total de cana está nas mesorregiões norte e noroeste, principalmente nos meses de inverno onde não há cultivo de milho. Segundo os dados obtidos, a produção potencial de energia somando as duas culturas seria de 7.426.701 MWh.ano-1.

Palavras-chave: Biomassa, Bioenergia, Milho