POTENCIAL DE GERAÇÃO DE ENERGIA DA BIOMASSA RESIDUAL DE DIFERENTES CULTIVARES DE SOJA.

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Aluno de Iniciação Científica: Carla Sampaio Guimarães (PIBIC/CNPq)

Curso: Agronomia (MT)

Orientador: Volnei Pauletti

Colaborador: Rudimar Molin, Dimas Agostinho da Silva, Gabriel Barth

Departamento: Solos e Engenharia Agrícola

Setor: Setor de Ciências Agrárias

Área de Conhecimento: 50100009


RESUMO

Com o intenso desenvolvimento industrial e acelerada urbanização a demanda energética mundial aumentou consideravelmente. Entre as novas fontes de energia encontra-se a proveniente da biomassa que favorece a redução da emissão de dióxido de carbono atmosférico (CO2), podendo se tornar a principal fonte de energia do próximo século. Esta biomassa pode ser proveniente tanto de produtos florestais como da agricultura e seus resíduos. O Brasil é um grande produtor agrícola mundial e entre seus principais cultivos encontra-se a soja que no ano de 2012 foi responsável pela área colhida de aproximadamente 25 milhões de hectares. Os resíduos da colheita desta espécie gera expressiva quantidade de biomassa residual que pode ser destinada para a produção de energia. Dentro desta perspectiva foram implantados dois experimentos nas estações experimentais da Fundação ABC nos municípios de Arapoti e Ponta Grossa durante a safra 2011/2012. O objetivo foi avaliar as diferenças entre cultivares de soja quanto ao potencial de uso da biomassa residual para produção de energia. Foram utilizados 10 cultivares de soja (BMX ApoloRR, NA 5909RG, V TopRR, Roos AvanceRR, BRS 284, NK 3363, TMG 7262RR (inox®), BMX PotênciaRR, CD 206 e BRS 232) em cada experimento. As amostras foram secas e separadas em caule e vagem e posteriormente moídas para avaliação do seu potencial energético. A determinação do poder calorífico superior (PCS) foi realizada no laboratório de tecnologia florestal da Universidade Federal do Paraná (UFPR), utilizando a bomba calorimétrica adiabática modelo IKAWERKE, C5000, de acordo com a norma ABNT/NBR 8633/84. A biomassa residual das cultivares de soja estudadas possui PCS equivalente à espécies florestais cultivadas para este fim, principalmente o caule da planta. As cultivares não diferiram entre si em relação ao poder calorífico, porém o potencial energético variou em função da produção de biomassa de cada cultivar.

Palavras-chave: Bioenergia, Plantio Direto, Glycine max