A PERSPECTIVA DO EMPREGADOR E DOS FAMILIARES SOBRE O DESEMPENHO NO TRABALHO DOS SUJEITOS COM EPILEPSIA

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Aluno de Iniciação Científica: Patrícia dos Santos Fernandes (Pesquisa voluntária)

Curso: Terapia Ocupacional (MT)

Orientador: Renato Nickel

Departamento: Terapia Ocupacional

Setor: Setor de Ciências da Saúde

Área de Conhecimento: 40800008


RESUMO

Introdução: A epilepsia é uma condição neurológica comum que afeta diversas atividades dos sujeitos, dentre estas, o trabalho. Objetivo: Identificar a percepção dos familiares e empregadores sobre o desempenho no trabalho do sujeito com epilepsia. Metodologia: Estudo exploratório, descritivo, do tipo transversal. Foram selecionados para o estudo 80 empregadores e 80 familiares de pacientes atendidos no Ambulatório de Epilepsia de um Hospital de Alta Complexidade na cidade de Curitiba-PR após autorização prévia destes via assinatura de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). As variáveis foram classificadas na terminologia da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). Resultados: Dos familiares selecionados, 68 (85%) aceitaram participar da pesquisa. Destes, 50 (73,5%) são do sexo feminino com média de idade de 44 (± 13,8) anos. Segundo estes familiares, a maioria (85,2%) dos pacientes não necessita de cuidado constante. Em relação ao desempenho no emprego, 49 (72%) acham que a pessoa com epilepsia pode trabalhar. Classificando os principais problemas relacionados com o desempenho para o trabalho na CIF foi encontrado os Fatores Ambientais (47%) e a Condição de Saúde (30,8%) como os fatores que mais atrapalham o sujeito a conseguir um emprego. Dos empregadores, 58 (72,5%) aceitaram participar da pesquisa. Todos os empregadores sabiam da condição de saúde dos sujeitos. Destes, 29 (50%) acreditam que a epilepsia atrapalha no trabalho e 43 (74,1%) relataram desconhecer legislação específica para sujeitos com epilepsia. A maioria dos familiares (58,8%) e dos empregadores (58,6%) entende a epilepsia como uma Condição de Saúde. Conclusão: A compreensão sobre a epilepsia por parte dos empregadores e dos familiares é baixa. A epilepsia, de acordo com a perspectiva da família, não é necessariamente uma condição incapacitante para o trabalho, contudo foi verificado que somente 50% dos empregadores têm a mesma perspectiva.

Palavras-chave: Terapia Ocupacional, Epilepsia, Trabalho