REABILITAÇÃO DE ADULTOS COM HEMIPARESIA SEQUELADOS POR AVC PROCESSO DE INTERVENÇÃO EM TERAPIA OCUPACIONAL

0726

Aluno de Iniciação Científica: Francielle Andressa Wilsek (IC-Voluntária)

Curso: Terapia Ocupacional (MT)

Orientador: Renato Nickel

Departamento: Terapia Ocupacional

Setor: Setor de Ciências da Saúde

Área de Conhecimento: 40800008


RESUMO

O projeto de Iniciação Científica em questão consiste em um estudo piloto de intervenção baseado em uma proposta de protocolo de intervenção, específica para fortalecimento muscular em sujeitos sequelados por Acidente Vascular Cerebral (AVC), elaborada de acordo com uma revisão de literatura e com o contexto que nos encontramos. O protocolo sugere avaliar e reavaliar os pacientes com as seguintes avaliações: Fugl-Meyer, Medida de Independência Funcional (MIF), Goal Attainment Scale (GAS), Escala Modificada de Ashworth, Teste de Força Muscular Manual e Dinamômetro de Bulbo. Sugere-se a frequência entre 8 e 16 sessões, duas por semana de 30 minutos cada. Conforme se encontrou na revisão de literatura a fraqueza muscular representa a principal sequela motora após um AVC. Ela prejudica a funcionalidade dos membros superiores e interfere negativamente no desempenho de atividades e na participação. Para ganhar força muscular são utilizados programas de exercícios resistidos progressivos, no entanto existe uma polêmica em torno do fortalecimento muscular em sujeitos espásticos devido ao receio de exacerbá-la. Foram levantados 18 artigos que analisassem a relação entre as técnicas de fortalecimento muscular, a melhora em atividades cotidianas e a interferência na espasticidade. A revisão destes artigos demonstrou que a técnica mais comumente utilizada no ganho de força pós-AVC é a de exercícios resistidos progressivos, e indicou que esta melhora a realização de atividades cotidianas e não exacerba a espasticidade. O estudo prático do ganho funcional em atividades e a interferência da espasticidade com o fortalecimento muscular pós-AVC, com base na proposta de protocolo de intervenção representa o eixo desta Iniciação Científica. Para o projeto piloto conseguimos trabalhar com três adultos jovens, um homem e duas mulheres, com sequelas de fraqueza muscular e espasticidade pósAVC e que apresentam dificuldades funcionais importantes no Membro Superior Lesado (MSL). Estes pacientes apresentavam dor em ombro na primeira avaliação, a qual foi eliminada durante as sessões. Na amostra verificamos que o exercício de fortalecimento não aumentou a espasticidade e que o aumento da força muscular evidenciou desfechos positivos no MSL quanto ao posicionamento, controle de movimento e uso como apoio. Entretanto, devido ao quadro inicial do paciente, não se esperava tornar o MSL funcional e sim evitar uma piora do quadro.

Palavras-chave: Terapia Ocupacional, Acidente Vascular Cerebral, Reabilitação