ACESSIBILIDADE EM AMBIENTE UNIVERSITÁRIO: UM OLHAR DO TERAPEUTA OCUPACIONAL EM UM CAMPUS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

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Aluno de Iniciação Científica: Andrielly Hiekis (IC-Voluntária)

Curso: Terapia Ocupacional (MT)

Orientador: Adriana Hessel Dalagassa

Departamento: Terapia Ocupacional

Setor: Setor de Ciências da Saúde

Área de Conhecimento: 40800008


RESUMO

A universidade possui um caráter de comprometimento social e construção do saber. Além disso, deve garantir aos alunos o direito de realizar seus estudos de nível superior em ambientes acessíveis e inclusivos. O objetivo desta pesquisa foi analisar o ambiente universitário, identificando as barreiras arquitetônicas. Para tal foram utilizadas as normas técnicas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e outros textos guias a fim de compreender a acessibilidade arquitetônica no ambiente acadêmico. O objeto de estudo escolhido foi o prédio Santos Andrade que comporta o setor jurídico da Universidade Federal do Paraná. A coleta de dados foi obtida através de uma observação sistemática do ambiente com uso de um roteiro de análise de acessibilidade elaborado pela autora da pesquisa com base na norma e roteiro de acessibilidade, a fim de realizar o diagnostico arquitetônico aferindo se o prédio possuiu estrutura física ajustada para receber os alunos com deficiência física e visual. Os dados coletados com esse roteiro foram comparados com a NBR 9050/4004, que possibilitou constatar que a universidade tem buscado sua adequação, contudo devido ao objeto de estudo tratar-se de um patrimônio tombado algumas modificações não são possíveis de serem realizadas como pista tátil por toda a extensão do prédio. Por outro lado ainda existem elementos passiveis de mudanças que ainda não foram realizadas, tais quais, instalação de alguns símbolos táteis, abertura total das portas que ficam entreabertas, a implantação de uma portaria universal, ou que foram elaboradas de maneira com que o seu uso continue comprometido, tais quais as barras e demais itens dos banheiros adaptados. Frente a isso se conclui que a UFPR esta promovendo ações para receber esses alunos, entretanto acredita-se que ainda falta instrução aos profissionais responsáveis pelas modificações no ambiente, uma vez que as já efetuadas não vem permitindo o acesso efetivo. Há profissionais que podem contribuir de maneira significativa para a implantação de um projeto de acessibilidade, entre eles o terapeuta ocupacional. Compreende-se que a contribuição de tal profissional frente a esse processo pode representar um diferencial significativo, pois além de analisar as estruturas arquitetônicas também passa a considerar como se desenvolve o desempenho ocupacional dos estudantes frente a esses equipamentos.

Palavras-chave: Acessibilidade, Inclusão, Terapia Ocupacional.