ESTUDO DOS CASOS DE INFECÇÃO APÓS ARTROPLASTIA TOTAL DE QUADRIL E JOELHO

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Aluno de Iniciação Científica: Cibele Zdebsky da Silva Pinto (PIBIC/CNPq)

Curso: Enfermagem (MT)

Orientador: Elaine Drehmer de Almeida Cruz

Colaborador: Christiane Niebel Stier

Departamento: Enfermagem

Setor: Setor de Ciências da Saúde

Área de Conhecimento: 40401006


RESUMO

A artroplastia de quadril e joelho proporciona qualidade de vida aceitável, pois alivia a dor, corrige deformidades angulares e rotacionais, aumenta a amplitude de movimento e propicia estabilidade. A complicação mais temida é a infecção cirúrgica. Esta pesquisa faz parte do projeto Programa Cirurgia Segura em Hospital Universitário – Implantação e avaliação das ações e teve por objetivo investigar elementos do Programa Cirurgia Segura, mais especificamente caracterizar casos de artroplastias de quadril e joelho, calcular a taxa de infecção cirúrgica e identificar fatores relacionados ao risco de infecção cirúrgica. Sua abordagem é quantitativa e documental retrospectiva. As fontes de dados foram os prontuários, as fichas de notificação de infecção, dados do Sistema de Informação Hospitalar relativos à internação e o relatório informatizado das artroplastias totais de quadril e joelho realizadas no período entre janeiro 2010 e dezembro 2012, dos quais foram coletados elementos que identificaram fatores relacionados ao paciente, ao procedimento cirúrgico e ao cirurgião. Os que evoluíram com infecção foram também coletados os dados: antibioticoprofilaxia e antibioticoterapia, caracterização da infecção, evolução do paciente, reinternação e reintervenção cirúrgica. Os dados de 346 pacientes submetidos a 421 cirurgias alimentaram planilha do programa Microsoft Excel 2007 e foram submetidos à análise estatística. Entre os 346 pacientes, 200 (57,8%) eram mulheres e 146 (42,2%) homens, com média de idade de 59 anos e tempo médio de internação de 5,9 dias. O diagnóstico prevalente foi osteoartroses. Das cirurgias, 208 (49,5%) foram artroplastias de joelho e 213 (50,6%) de quadril. A média da duração da cirurgia nos casos que não evoluíram para infecção foi de 2,09 horas e nos que evoluíram para infecção foi de 2,36 horas; o tempo médio de internação no pré operatório foi de 1,25 e 1,7 dias, e pós operatório de 4,33 e 10,8, respectivamente. Entre as 421 cirurgias realizadas, 19 (4,5%) evoluíram com infecção, 5 (2,36) artroplastias de quadril e 14 (6,73) de joelho. Desses casos 15 pacientes sofreram reoperação e 3 não, 2 evoluíram para óbito. Entre as variáveis passíveis de verificação neste estudo, o tempo de duração da cirurgia foi estatisticamente significativa para a ocorrência de infecção. Conclui-se que as artoplastias de quadril foram as mais prevalentes, que as infecções contribuíram para o aumento dos custos de hospitalização e representaram importante risco para os pacientes. Otimizar o tempo cirúrgico pode contribuir para a prevenção desses agravos.

Palavras-chave: Segurança do Paciente, Infecção Hospitalar, Artroplastia