CATETERES EM NEONATOS DE ALTO-RISCO

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Aluno de Iniciação Científica: Jolline Lind (PIBIC/CNPq)

Curso: Enfermagem (MT)

Orientador: Mitzy Tannia Reichembach Danski

Co-Orientador: Priscila Mingorance

Colaborador: Michele Caroline Santos, Derdried Athanasio Johann,

Departamento: Enfermagem

Setor: Setor de Ciências da SaúdeAlessandra Amaral Schwanke

Área de Conhecimento: 40400000


RESUMO

A terapia intravenosa integra parte do cuidado diário em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Para implementá-la, necessita-se de acesso vascular a fim de manter tratamento prescrito. Esses são divididos em centrais e periféricos conforme localização da ponta do dispositivo. Objetivou-se quantificar o uso de cateteres em neonatos de alto risco. Trata-se de pesquisa transversal de abordagem quantitativa descritiva, desenvolvida em UTIN de um hospital universitário de Curitiba. Aprovado em Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (CEP/SD 119.044.11.05). Compuseram a amostra: neonatos que utilizaram terapia intravenosa mediante uso de cateteres venosos e arteriais entre 24 e 48 horas de internamento, em março de 2013. Os dados foram coletados nos respectivos prontuários. Excluíram-se neonatos que em uso de cateter periférico não fizeram uso de medicação por via intravenosa ou que o responsável legal não autorizou a participação do neonato na pesquisa. O instrumento de coleta dos dados contemplou informações sócio-demográficas do neonato e dados do cateter. Os dados obtidos foram tabulados e analisados por abordagem quantitativa e descritiva, utilizou-se software Excel®. O número total de cateteres utilizados nos 25 neonatos que compuseram a amostra foi 31 cateteres, sendo 22 acessos venosos periféricos (AVP) (70,97%) e nove (29,03%) centrais. Quanto as informações sócio-demográficas levantadas observou-se que 56% dos neonatos eram do sexo masculino, 60% nascidos de parto cesárea. O principal motivo de internação foi à prematuridade (52%). O peso médio de nascimento foi de 2138,8 (±896,77) g. A média da idade gestacional foi 33,98 (±4,37) semanas. As médias de Apgar no primeiro e quinto minutos de vida foram 6,24 (±2,77) e 8,24 (±1,9) respectivamente. Em relação aos dados dos AVP, treze (59,10%) localizaram-se no membro superior direito, especificamente na mão (54,55%). O período de punção foi predominantemente à tarde, e a retirada ocorreu em grande parte no período da noite. Os dados dos acessos centrais mostram que, cinco (55,56%) eram umbilicais e quatro (44,44%) eram PICC. Destaca-se que a anotação relacionada ao período de punção (44,44%), bem como de retirada (55,46%) desses cateteres não foi informada no prontuário. Quanto à permanência dos dispositivos, o AVP ficou em média 57,24 horas, o umbilical 5 dias e o PICC 14,5 dias. Conclui-se que o AVP foi o dispositivo mais utilizado na unidade durante o mês de março (70,97%). Considerou-se como limitação, a pesquisa em prontuários, dificultada pela escassez de anotações completas.

Palavras-chave: Pesquisa em Enfermagem Clínica, Recém-Nascido, Infusões Intravenosas