FARMACOPEIA BRASILEIRA: ANÁLISE COMPARATIVA DAS EDIÇÕES NACIONAIS E DOS COMPÊNDIOS ESTRANGEIROS, QUANTO ÀS MONOGRAFIAS DE DROGAS VEGETAIS

0643

Aluno de Iniciação Científica: Celina Rocha Junghans (PIBIC/CNPq)

Curso: Farmácia (MT)

Orientador: Márcia do Rocio Duarte

Colaborador: Gisele Balan

Departamento: Farmácia

Setor: Setor de Ciências da Saúde

Área de Conhecimento: 40302008


RESUMO

O código oficial farmacêutico do Brasil é representado pela Farmacopeia Brasileira (FB), a qual determina requisitos mínimos de qualidade para diversos produtos relacionados à saúde. Diferentes edições foram publicadas a partir de 1926 e refletem a evolução do conhecimento e da tecnologia neste período. De acordo com a RDC 49/2010, atualmente a única edição farmacopeica válida é a quinta, publicada em dois volumes (métodos gerais e monografias), tendo sido as quatro edições anteriores revogadas. Como várias monografias de drogas vegetais foram suprimidas da última edição, o controle de qualidade de muitas delas foi inviabilizado, provocando um entrave analítico, mesmo com a admissão de outras farmacopeias estrangeiras pela RDC 37/2009. O objetivo deste trabalho foi realizar uma análise comparativa das monografias de drogas vegetais da FB e dos compêndios estrangeiros, buscando verificar a (im)possibilidade analítica para plantas medicinais/drogas vegetais quanto ao controle de qualidade farmacognóstico. A metodologia empregada foi o compilamento dos dados apresentados nas monografias das cinco edições da FB e das Farmacopeias Japonesa, Europeia e Britânica, entre aquelas admissíveis pela ANVISA. Constatou-se que as cinco edições da FB apresentam 374 monografias de diferentes drogas vegetais (planta inteira, órgão vegetal ou produto derivado) e que esse número fica reduzido a 62 monografias na quinta edição. Muitas das drogas que foram suprimidas não têm monografia correspondente nas farmacopeias estrangeiras, tais como: aroeira, cambará, catuaba, cipó-cabeludo, goiabeira, guaco, erva-de-bugre, japecanga, jurubeba, macela, manacá, mulungu e simaruba. Desse modo, embora sejam relevantes na terapêutica popular e na fitoterapia, não podem ser mais submetidas ao controle de qualidade, impossibilitando sua comercialização. Essa situação representa um obstáculo analítico que poderá ser eliminado com a inclusão de novas monografias à edição válida, tornando-a mais abrangente.

Palavras-chave: Droga Vegetal, Monografia Farmacopeica, Planta Medicinal