TRATAMENTO DE LESÕES ÓSSEAS CÍSTICAS UNILOCULARES NOS MAXILARES PELA TÉCNICA DA DESCOMPRESSÃO

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Aluno de Iniciação Científica: Luiza Cristina do Nascimento (PIBIC/CNPq)

Curso: Odontologia (MT)

Orientador: Delson João da Costa

Colaborador: Paola Fernanda Cotait de Lucas Corso

Departamento: Estomatologia

Setor: Setor de Ciências da Saúde

Área de Conhecimento: 40200000


RESUMO

As lesões císticas uniloculares encontradas nos ossos maxilares são frequentes e podem ser encontradas em um exame radiográfico de rotina odontológico ou quando o paciente procura ajuda do cirurgião dentista devido a uma tumefação (edema) no rosto que não regride espontaneamente. O tratamento dessas lesões varia de acordo com a possível etiologia da lesão, a presença de sintomatologia dolorosa, o tamanho e a proximidade com as estruturas nobres. O presente estudo visou correlacionar os aspectos radiográficos da lesão (uniloculares) e a efetividade da técnica da descompressão. Foi feito uma busca ativa por prontuários da disciplina de Estomatologia e Cirurgia II que apresentavam lesões intra-ósseas uniloculares detectáveis radiograficamente. A amostra foi composta por 48 prontuários, foi feita avaliação de dados como gênero, faixa etária, localização, dimensão das lesões, dentes retidos ou deslocados, diagnóstico, tratamentos preconizados, os dados registrados foram transcritos para uma tabela de Excel. A área radiográfica de cada lesão foi mensurada em comprimento e largura com um paquímetro. A média da faixa etária foi de 29 anos, variando de 6 a 68 anos. O gênero mais predominante foi o masculino com 53% da amostra, a maxila teve envolvimento em cerca de 60% dos casos. As lesões encontradas foram cistos dentígeros 35%, cistos periapicais 21%, tumores odontogênicos ceratocísticos 13%, ameloblastoma 2%, cisto radicular abscedado 2%, mixoma 2%, e de diagnóstico não definido 25%. As mensurações radiográficas variaram de 3 a 47 mm, não houve correlação entre agressividade e tamanho da lesão. Os tratamentos variaram de simples enucleações a ressecções mais complexas. A descompressão como parte do tratamento totalizou 14,9% e foi indicado para lesões grandes e que apresentavam proximidade com estruturas nobres da face. Somente a descompressão como tratamento final não pode ser observado em nenhum dos casos, isso porque os cuidados que ela requer durante o tratamento limitam suas indicações. Conclui-se que a técnica da descompressão resulta em regressão da lesão quando usada, no entanto ela não pode ser usada de maneira exclusiva, mas sim associada a enucleação para cura completa da lesão.

Palavras-chave: Descompressão, Imagem Unilocular, Ossos Maxilares