AVALIAÇÃO IMUNOISTOQUÍMICA DE BIOMARCADORES PRÓ-APOPTÓTICOS EM AMOSTRAS DE MIOCÁRDIO DE PREMATUROS HIPOXÊMICOS.

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Aluno de Iniciação Científica: Ana Karyn Ehrenfried de Freitas (PIBIC/Fundação Araucária)

Curso: Medicina (MT)

Orientador: Lucia de Noronha

Colaborador: Mona Adalgisa Simões, Francisco Cesar Pabis,

Departamento: Patologia MédicaPatrícia Kiyori Watanabe

Setor: Setor de Ciências da Saúde

Área de Conhecimento: 40105008


RESUMO

A existência de riscos ao recém-nascido está associada a certas condições maternas, fetais e neonatais. De todos os estresses a que o bebê está sujeito, provavelmente o mais importante e clinicamente relevante é a hipóxia, definida como uma inadequada oxigenação tecidual a nível celular. Muitas circunstâncias estão envolvidas no surgimento da hipóxia, desde condições pré-natais como também condições perinatais. Dessas, uma de maior importância é a prematuridade, já que pode acarretar inúmeros problemas ao bebê, devido à dificuldade de adaptação extra-uterina causada pela imaturidade de seus órgãos e sistemas. O objetivo deste estudo é evidenciar quais marcadores exercem um papel importante no processo de morte celular nessas lesões hipoxêmicas, por meio da avaliação da expressão imunoistoquímica de marcadores pró-apoptóticos (Gadd45? e Mfn-2) em amostras de miocárdio, bem como avaliar a presença de hipóxia em recém-nascidos e suas consequências a fim de compreender melhor o evento e seu resultado nos mais diversos sistemas, especialmente no coração. Foram utilizadas 314 laudos de necrópsia retirados do Serviço de Anatomia Patológica do Hospital de Clínicas do Paraná, realizados entre 1991 a 2007. Além disso, todos os casos tiveram seus prontuários revisados para a coleta de dados clínicos-patológicos dos pacientes. Entre os casos, 143 pacientes (45,4%) eram do sexo feminino e 171 (54,3%) do sexo masculino, com uma relação de 1F:1,2M. Com relação à idade gestacional, 244 casos (77,5%) eram prematuros e 71 (22,5%) eram bebês de termo. A hipóxia perinatal foi a causa mais freqüente de morte com 85% (267 casos) e a presença de cianose ocorreu em 92% (276 casos). Ao avaliar os fatores associados à idade no óbito obtiveram-se os seguintes resultados: não houve diferença de idade de sobrevida quando avaliado os seguintes parâmetros como sexo p=0,488 e foi observada diferença no fator cianose p=0,02. E, por fim, fatores como idade gestacional e causa do óbito mostraram-se associados à sobrevida do paciente de modo significativo (p=0,012 e p< 0,001, respectivamente). Com relação aos biomarcadores pró-apoptóticos, foram encontrados 160 blocos dos casos selecionados, com os quais foram confeccionadas lâminas de imunoistoquímica multiamostrais pela técnica de TMA (TISSUE MICROARRAY). As lâminas multiamostrais foram coradas pelo método de imunoistoquímica utilizando-se os anticorpos monoclonais anti-Gadd45 e anti-Mfn, sendo que todos os casos foram positivos para estes anticorpos.

Palavras-chave: Hipóxia, Prematuridade, Imunoistoquímica