RESUMO

Candidíase vulvovaginal recorrente (CVVR) é entidade com prevalência de 5% na população com corrimento recorrente, definida como 03 ou mais episódios sintomáticos com diagnóstico confirmado em 12 meses. Trata-se de situação relativamente prevalente na população feminina que traz implicações psicológicas e socioeconômicas, interferindo na vida pessoal da mulher. A sintomatologia possui intensidade variável e o diagnóstico do quadro recorrente é difícil e depende de cultura para fungos, que pelo fato de ser pouco solicitada, impede a confirmação etiológica. Este trabalho tem como objetivo identificar nesta população os seguintes fatores de risco: socioeconômicos, raciais, comportamentais, educacionais, medicamentosos, hormonais, imunossupressão e doenças associadas, comparando a grupo controle assintomático. Foram avaliadas 11 pacientes com CVVR confirmadas por cultura de meio vaginal e 33 pacientes sem sintomatologia e positivas para cultura de fungos em cultura de meio vaginal. Num total de 44 pacientes avaliadas. Foram estudadas as seguintes variáveis sócias demográfico comportamentais e biológicas: idade, raça, estado civil, condição socioeconômica, número filhos, escolaridade, atividade profissional, comportamento sexual, nível de stress físico e emocional, uso de ducha vaginal, estado menstrual, uso de alguns medicamentos, doenças alérgicas concomitantes, doenças crônicas e imunossupressão, uso de contraceptivo hormonal, utiliza espermicida ou lubrificante, uso de preservativo, tabagismo e uso de outras drogas lícitas e ilícitas. Estamos em fase final da coleta de dados, porém apresentamos alguns resultados parciais. Encontramos em 80% das pacientes do grupo controle comportamento sexual sugestivo de risco. Os contraceptivos sistêmicos hormonais foram os mais utilizados no grupo controle. Entre os dados das mulheres assintomáticas com cultura de fungos positiva para Candida sp, as que apresentam comportamento sexual de risco, são solteiras, universitárias e utilizam AOH.

Palavras-chave: Candidíase Vulvovaginal, Fator de Risco, Recorrência