EFEITO DA EDUCAÇÃO NUTRICIONAL EM ESCOLAS E SEU IMPACTO SOBRE O ESTADO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS ENTRE 6 A 8 ANOS.

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Aluno de Iniciação Científica: Thais Milioni Luciano (PIBIC/CNPq)

Curso: Medicina (MT)

Orientador: Suzana Nesi França

Colaborador: Rafaella Jugend, Cezar Luiz Czarny, Ana Maria Ulbricht Gomes

Departamento: Pediatria

Setor: Setor de Ciências da Saúde

Área de Conhecimento: 40101088


RESUMO

A educação escolar em saúde tem sido pouco efetiva em incentivar atitudes para uma vida mais saudável, já que a obesidade aumenta em todas as idades. Este estudo objetivou avaliar o impacto de um programa de intervenção multiprofissional na escola e junto às famílias para promoção de saúde. Realizou-se um estudo clínico prospectivo experimental longitudinal no Colégio N. Sra Medianeira, Curitiba/PR de março a outubro/2012 com 181 alunos de ambos os sexos, 6-8 anos, divididos em 3 grupos: não expostos a intervenção (G1), intervenção para alunos (G2) e intervenção para alunos e famílias (G3). A coleta de dados consistiu de: avaliação antropométrica (peso e estatura) basal e após 8 meses (T0 e T8) e aplicação de questionário aos responsáveis de antecedentes familiares e de saúde. Peso, estatura e IMC foram convertidos em escore Z (OMS/2007, Anthroplus/2009). Intervenção no G2 e G3: 40 minutos de atividade física extra, principalmente aeróbica orientada por educador físico; dia semanal do "lanche saudável" quando G2 e G3 degustaram frutas e verduras, palestras mensais sobre importância e benefícios do exercício físico regular e da alimentação saudável, ministradas por educador físico e nutricionista com jogos e brincadeiras. Ás famílias de G3 foram ministradas palestras bimestrais sobre a importância da família na implantação de hábitos saudáveis. RESULTADOS: Em antecedentes de saúde (174 respostas) observou-se: rinite (11), asma (8), alergia (3), dermatite atópica (3), hipercolesterolemia (2) e 1 caso de: cardiopatia congênita, enxaqueca, púrpura trombocitopênica autoimune, refluxo vesico-ureteral, talassemia minor e TDAH. Nos dados do nascimento 150/163 a termo, 157/161 AIG, 2/161 PIG e 2/161 GIG. O tempo médio de aleitamento materno exclusivo foi 5m. Sobre saúde familiar, 29 referiram obesidade, 84 HAS, 20 dislipidemia e 48 diabetes. Avaliação antropométrica em T0: mediana do escore Z de IMC de 0,81; 0,03 e 0,58 para o G1, G2 e G3 respectivamente, em T8: 0,82 0,11 e 0,61 para o G1, G2 e G3 respectivamente. Sobre prevalência de sobrepeso e obesidade em T0, observou-se, respectivamente: 32,2% e 5% em G1, 14,8% e 5,5% em G2, 21,7% e 14,4% em G3. Em T8, temos: 28,8% e 5% em G1, 14,8% e 5,5% em G2 e 21,7% e 15,9% em G3. CONCLUSÕES: Houve redução significativa do IMC nos tempos para os alunos eutroficos e com sobrepeso em G2. Não houve alteração significativa de IMC para os obesos de G2. Em G1 e G3 não houve diferença significativa nos tempos em qualquer faixa de IMC.

Palavras-chave: Promoção de Saúde, Prevenção de Saúde, Obesidade Infantil