INSTABILIDADE DE MICROSSATÉLITE DOS MARCADORES (BAT26, BAT25, D2S123, D5S346, D17S250) NO CÂNCER DE RETO.

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Aluno de Iniciação Científica: Aline Cristini Vieira (PIBIC/CNPq)

Curso: Medicina (MT)

Orientador: Iara Jose de Taborda Messias- Reason

Co-Orientador: Graziele Moraes Losso

Colaborador: Arthur C Gentili, Roberto Moraes

Departamento: Patologia Médica

Setor: Setor de Ciências da Saúde

Área de Conhecimento: 40101045


RESUMO

Introdução: Estima-se que para o ano de 2020, o número de casos novos anuais de câncer colorretal seja de ordem de 15 milhões. No Brasil, o câncer colorretal é o 4º tumor maligno mais freqüente. A capacidade de se predizer a agressividade biológica e a resposta terapêutica através da análise molecular é de valor inestimável para o tratamento dos pacientes com câncer. O câncer colorretal têm um importante componente genético sendo fruto do acúmulo de mutações em um determinado clone de células epiteliais do cólon ou reto que conferem vantagem de crescimento falta de resposta aos determinantes intercelular e intracelular de divisão, diferenciação ou morte celular. Os microssatélites são considerados marcadores fenotípicos de prognóstico, de resposta terapêutica e de identificação de pacientes com mutação nos genes de reparo do DNA. Objetivos: Esta pesquisa tem como objetivo avaliar a Instabilidade de Microssatélite (MSI) em pacientes submetidos à Microcirurgia Endoscópica Transanal (TEM). Metodologia: Foram selecionados (n=90) espécimes, produtos da ressecção pela TEM. Após a análise patológica foram selecionadas amostras da região tumoral dos espécimes emblocados em parafina, sendo realizada a dissecação e extração do DNA pelo Kit comercial (QIAmp® DNA FFPE Tissue Handbook – Qiagen, Califórnia, USA). Os tumores retais foram testados para instabilidade de microssatélite utilizando um painel de 5 marcadores (BAT25, BAT26, D2S123, D5S346, D17S2720). A técnica utiliza para detecção dos marcadores de microssatélite foi a Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). Resultados: Nos 90 casos de reto operados pela TEM, observou-se que 63% eram do sexo masculino e 47% feminino com média de idade de 58,4 anos. Extraiu-se o DNA adequado para pesquisa nas 90 amostras com média 520ng/µl. Observou-se Alta Instabilidade de Microssatélite (MSI-H) em 16 casos (17,77%) e 70 casos (77,77%) apresentaram Microssatélite estáveis (MSS), sendo que 3 casos apresentaram Baixa Instabilidade de microssatélite (MSI-L). Conclusão: A análise molecular através da pesquisa de MSI tem aplicação prática na clínica, uma vez que tumores ditos "mutadores" exibem características biológicas distintas; quanto à localização, idade, resposta a quimioterapia e melhor sobrevida em relação ao câncer colorretal estável para microssatélites.

Palavras-chave: Microssatélite, Marcador, Reto