RESUMO

Este trabalho abordou o tema da inclusão de alunos com deficiência na universidade e teve como objetivo investigar as possibilidades de atuação do terapeuta ocupacional para contribuir com a efetiva inclusão dos alunos com deficiência na Universidade. Como metodologia foi utilizada a revisão de literatura de publicações entre os anos de 2002 e 2012. Para compor o trabalho foram considerados publicações e livros de língua portuguesa e inglesa. Foi realizada a análise e discussão de artigos, que tratam sobre ações de inclusão que podem ser realizadas por terapeutas ocupacionais. A inclusão de alunos com deficiência no ensino regular é um tema muito discutido atualmente, porém a inclusão destes alunos no Ensino Superior ainda é um tema pouco explorado. Apesar das leis promulgadas que garantem o acesso dos alunos com deficiência nas Universidades, uma pequena parcela desta população realmente está incluída nestas instituições. O terapeuta ocupacional pode utilizar a consultoria colaborativa e a tecnologia assistiva para contribuir com este processo. Na consultoria colaborativa o terapeuta ocupacional trabalha juntamente com os docentes buscando soluções para as dificuldades encontradas por eles para ensinar os alunos com deficiência. Esta relação deve ser equivalente, pois entende-se que cada um possui conhecimentos que são valiosos para a resolução do problema. E a tecnologia assistiva, que é o planejamento ou a modificação de ambientes físicos ou a seleção, aquisição ou fabricação de recursos tecnológicos visando à melhora no desempenho de atividades. Dentre as várias áreas da tecnologia assistiva, os sistemas de comunicação alternativa e as adaptações são os mais utilizados pelo terapeuta ocupacional no processo de inclusão de alunos com deficiência. Após a realização do trabalho, pôde-se concluir que existem ações de consultoria colaborativa e tecnologia assistiva sendo realizadas nas Universidades para facilitar o processo de inclusão de alunos com deficiência, como grupos de apoio, orientações aos professores, adaptação de mobiliário e materiais pedagógicos e utilização de softwares, porém estas ações não são realizadas por terapeutas ocupacionais. E visto que o profissional de Terapia Ocupacional possui habilidades e conhecimentos específicos que o permitem enxergar a individualidade de cada um e, assim, intervir na dificuldade específica dos alunos favorecendo suas habilidades, é um profissional que deve compor as equipes, pois pode auxiliar tanto os docentes como os alunos com deficiência durante o processo de inclusão.

Palavras-chave: Terapia Ocupacional, Inclusão, Ensino Superior