CONHECIMENTOS E CONDUTAS DO FARMACÊUTICO SOBRE A OCORRÊNCIA DA DOENÇA PERIODONTAL EM PORTADORES DE DIABETES

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Aluno de Iniciação Científica: Camila Cristina de Jesus (Outro)

Curso: Farmácia (MT)

Orientador: Marilis Dallarmi Miguel

Colaborador: Yasmin Dallarmi Miguel, Felipe Kaiser Ross Ortiz

Departamento: Farmácia

Setor: Setor de Ciências da Saúde

Área de Conhecimento: 40000001


RESUMO

A diabetes mellitus (DM) é um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos que possuem em comum a hiperglicemia, decorrente do defeito na ação e/ou secreção da insulina. Uma complicação microvascular da diabetes é a doença periodontal (DP), um processo inflamatório bucal e a sexta complicação crônica da diabetes. O presente trabalho teve como objetivo geral desenvolver um instrumento de avaliação sobre a farmacoterapia prescrita para diabéticos com doença periodontal. Para isso foi realizado um questionário autoaplicável com 15 acadêmicos de farmácia e 15 farmacêuticos. Um questionamento foi sobre o que indicariam a indivíduos que chegam à farmácia com gengivite, 27% dos farmacêuticos indicariam o uso da pomada de triancinolona acetonida, 53% enxaguantes bucais, 20% ibuprofeno granulado. Também foi indagado se os farmacêuticos realizariam algum questionamento aos pacientes em questão, 53% responderam que não, alegando que numa rotina em farmácia não há tempo e 47% questionam se o paciente é portador de diabetes. Com relação aos antibióticos que devem ser usados com cautela ou não utilizados em diabéticos, 80% dos acadêmicos afirmaram que não sabem e o restante que deve haver restrições, mas não souberam citar alguma. Dentre os farmacêuticos 33% afirmaram que não existem restrições. De acordo com os farmacêuticos entrevistados os antibióticos mais prescritos por dentistas são a amoxicilina (100%), seguida da cefalexina (33%), metronidazol (20%), azitromicina (20%), e que dentre as prescrições odontológicas recebidas 30% são para tratamento da DP. Aos acadêmicos e farmacêuticos foi questionado ainda se existe algum anti-inflamatório que deve ser usado com cautela ou não utilizado em diabéticos. Dentre os acadêmicos 73% afirmaram que não sabem, 7% citaram anti-inflamatórios corticóides e 14% anti-inflamatórios não esteroidais. Dentre os farmacêuticos 27% citaram os corticóides e 13% citaram os AINES. A partir deste instrumento de avaliação se observou que os farmacêuticos não costumam diferenciar as indicações de medicamentos para pacientes diabéticos ou não diabéticos. Além disso, foi possível perceber deficiências no conhecimento dos acadêmicos de farmácia e farmacêuticos sobre a interferência de anti-inflamatórios corticóides e não esteroidais, e de antibióticos nos níveis glicêmicos de um diabético.

Palavras-chave: Diabetes, Doença Periodontal, Farmacoterapia