RESUMO

O ataque por sulfatos em concreto é um tema bastante importante pela sua ocorrência na área de infra-estrutura industrial, causando danos diversos às estruturas de concreto. Porém, pode-se dizer que este tipo de ataque é muito menos investigado do que outros meios de agressão ao concreto armado, tais como o ataque por cloretos e por dióxido de carbono. Este trabalho foca neste tema baseado na necessidade técnica de conhecer melhor as variáveis de influência no processo de ataque por sulfatos, fazendo parte de uma linha de pesquisa eminente no Departamento de Construção Civil da Universidade Federal do Paraná. O presente trabalho retrata os resultados da avaliação da expansão de argamassas, realizadas de acordo com a NBR 13583, porém, com o acréscimo de algumas variáveis: temperatura (dois níveis – 20ºC e 40ºC) e relação água/cimento (dois níveis 0,4 e 0,6). O objetivo é investigar a influência destas variáveis na intensidade e grau de desenvolvimento do ataque por sulfatos no concreto. Neste sentido, foram elaboradas argamassas de cimento Portland CP IV com as relações água/cimento já citadas. Depois do tempo de cura (dois dias em câmara úmida e doze dias em água saturada com cal), os corpos de prova foram colocados em uma solução de 10% de sulfato de sódio e expostos aos dois níveis de temperaturas citados por um período de 42 dias. O ataque por sulfatos foi avaliado medindo a expansão das argamassas, perda de resistência e avaliação visual nas idades de 14, 28 e 42 dias de tempo de exposição a solução com sulfatos. Os resultados mostram que as argamassas estão mais suscetíveis ao ataque por sulfato quando possuem maior relação água/cimento e quando expostas a temperaturas mais baixas. O ataque é caracterizado pela penetração dos íons de sulfato solúveis na água, que conduzem primeiramente à formação de etringita, em seguida à formação de gesso e finalmente, à formação de taumasita, resultando em fissuras e desagregação do material cimentício.

Palavras-chave: Sulfato, Durabilidade, Concreto