EFEITO DA MIRICITRINA NA HIPERLOCOMOÇÃO INDUZIDA POR METILFENIDATO.

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Aluno de Iniciação Científica: Isadora Pozzetti Siba (PIBIC/CNPq)

Curso: Ciências Biológicas (N)

Orientador: Roberto Andreatini

Co-Orientador: Marcela Pereira

Colaborador: Moacir Geraldo Pizzolatti, Adair Roberto Santos

Departamento: Farmacologia

Setor: Setor de Ciências Biológicas

Área de Conhecimento: 21003009


RESUMO

O comportamento tipo maníaco, fator determinante para o diagnóstico do transtorno de humor bipolar, apresenta correlação com o aumento da atividade da proteína quinase C (PKC). Estudos anteriores demonstraram que a miricitrina (MIR), um flavonoide do gênero Eugênia possui um potencial efeito antimaníaco, este relacionado com sua ação inibitória sobre a PKC, mais especificamente sobre os subtipos ? e ?. No presente trabalho, camundongos Swiss foram submetidos ao teste de hiperlocomoção induzida por metilfenidato (MET), sendo tratados com salina (SAL), MET (a droga indutora do comportamento tipo maníaco, aplicada 20 minutos antes do teste), tamoxifeno (TM é o controle positivo, pois diminui o comportamento tipo maníaco através da inibição da PKC) e MIR; espera-se que o TM e a MIR (ambos aplicados 20 minutos antes do MET) revertam o comportamento tipo maníaco induzido pelo MET, através da diminuição da atividade locomotora. Para estabelecer os parâmetros basais de locomoção (por ser um teste piloto, a MIR não foi utilizada), a caixa de locomoção foi adotada, sendo que os animais permaneciam nesta por 20 minutos. Os resultados não foram satisfatórios, pois não houve uma diferença significativa entre os tratamentos, principalmente entre os grupos SAL e MET, impossibilitando o estabelecimento de locomoção do comportamento tipo maníaco e do comportamento normal, mesmo com a inserção de uma habituação do animal ao aparato experimental. O teste do campo aberto (CA) foi adotado, pois estudos anteriores em nosso laboratório demonstraram resultados positivos com este teste; os camundongos foram expostos por 5 minutos ao CA, e sua atividade locomotora foi analisada através da quantificação de quadrantes que o animal percorre, além do tempo de imobilidade deste, mensurado através do tempo. Os resultados demonstram que os animais não estão respondendo ao tratamento por MET, pois este não foi efetivo na indução da hiperlocomoção, o que impossibilita que as análises moleculares sobre a PKC sejam realizadas. O método experimental a ser utilizado consistirá na sensibilização dos animais ao MET por 3 dias, sendo estes submetidos ao teste do CA no último dia de tratamento. No entanto, se mesmo assim os resultados esperados não forem obtidos, será adotado outro modelo experimental bem validado em nosso laboratório, a hiperlocomoção induzida por privação de sono, no qual é possível analisar não só a locomoção do animal, mas também o tempo de latência deste. As análises moleculares serão realizadas após a padronização da atividade locomotora dos animais.

Palavras-chave: Miricitrina, Comportamento Tipo Maníaco, Proteína Quinase C