AVALIAÇÃO HEPÁTICA E PLASMÁTICA DA B. FORFICATA EM RATOS DIABÉTICOS

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Aluno de Iniciação Científica: Michele Pontes Werneck do Carmo (PIBIC/Fundação Araucária)

Curso: Medicina Veterinária - Curitiba (MT)

Orientador: Alexandra Acco

Co-Orientador: Liana de Oliveira Gomes

Colaborador: Aline Maria Stolf, Francislaine dos Reis Lívero,

Departamento: Farmacologia

Setor: Setor de Ciências BiológicasCarlos Eduardo Alves de Souza

Área de Conhecimento: 21001006


RESUMO

O diabetes mellitus (DM) é uma desordem metabólica crônica, caracterizada por hiperglicemia, de grande incidência e importância mundial. O tratamento é feito de acordo com o tipo de diabetes, tipos 1 e 2, com a administração de insulina ou de hipoglicemiantes orais, respectivamente. A fitoterapia vem sendo alvo de estudos como método de tratamento alternativo. A espécie de planta Bauhinia forficata, conhecida como "pata-de-vaca", tem sido estudada por seu possível efeito hipoglicemiante. No entanto, estudos ainda são necessários para determinar a capacidade da B. forficata em diminuir a glicemia sanguínea, além de estabelecer a posologia adequada e avaliar a existência de possíveis efeitos adversos no tratamento. No presente trabalho foram avaliadas as atividades hipoglicemiante e antioxidante do extrato etanólico de folhas de B. forficata pósadministração em ratos com diabetes experimental. O experimento utilizou 30 ratos machos adultos Wistar, com peso entre 150 e 180 g. O quadro diabético foi induzido por administração intraperitoneal de 50 mg/kg de estreptozocina diluída em tampão citrato (pH 4,5) após jejum de 12 horas. O tratamento com o extrato (300 mg/kg) foi feito por via oral uma vez ao dia, por 7 dias após o estabelecimento do quadro diabético (glicemia > 250 mg/dL). Os animais foram dispostos em cinco grupos (n=6): não diabéticos não-tratados (G1), não diabéticos tratados com extrato (G2), diabéticos não-tratados (G3), diabéticos tratados com extrato (G4) e diabéticos tratados com insulina (G5). Após o tratamento, os animais foram anestesiados para colheita de material biológico. Foi feita avaliação do estresse oxidativo das amostras de fígado e análises bioquímicas do plasma. Após os 7 dias de tratamento, a glicemia apresentou redução média de 1 mg/dL para o G1, 8 mg/dL para o G2, 19 mg/dL para o G3, 279 mg/dL para o G5 e aumento de 40 mg/dL para o G4. Os níveis das enzimas ALT e AST apresentaram-se aumentados nos grupos diabéticos tratados. Para o estrese oxidativo, foram observados maiores níveis de glutationa reduzida (GSH) nos grupos G2 e G5; de glutationa S-transferase (GST) em G1, G2 e G5; de superóxido dismutase (SOD) nos grupos G1, G2 e G4; de catalase em G1, G2 e G5; e de lipoperoxidação (LPO) para os grupos G2, G3 e G5. A partir dos resultados encontrados, concluiu-se que não houve diminuição da glicemia decorrente da administração da fração etanólica da B. forficata na dose utilizada. Além disso, a fração estudada não demonstrou atividade antioxidante in vivo.

Palavras-chave: Bauhinia forficata, Diabetes, Estresse oxidativo